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Operação do Gaeco investiga grupo criminoso de Arapongas

Gaeco de Londrina cumpre dez mandados de prisão no âmbito da Operação Fauda, que apura fraude em transferências patrimoniais

Da Redação

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Arapongas seria a sede de uma das organizações criminosas investigadas pelo Gaeco, que anuncia operação com mandados de prisão e de busca e apreensão
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Arapongas seria a sede de uma das organizações criminosas investigadas pelo Gaeco, que anuncia operação com mandados de prisão e de busca e apreensão
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.08.2022, 13:03:58 Editado em 04.08.2022, 13:03:51
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O Ministério Público do Paraná, a partir do núcleo regional do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, no Norte Central do estado, cumpre na manhã desta quinta-feira (04), dez mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão no âmbito da Operação Fauda, que investiga a prática dos crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.

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O nome Fauda, usado para batizar a operação, é uma expressão árabe que significa “caos” e é um jargão do exército israelense para designar as situações em que tudo dá errado.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Londrina, contra integrantes de duas associações criminosas, e estão sendo cumpridos nas cidades paranaenses de Arapongas, Sabáudia, Faxinal, Jandaia do Sul, Ibiporã e Guaíra, além de Bauru, em São Paulo, Mundo Novo e Dourados, no Mato Grosso do Sul, e Goiânia e Palmeiras, em Goiás.

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CRIMINOSOS CONHECIDOS

As investigações da Operação Fauda tiveram início em maio de 2021, em Londrina, onde uma mulher foi presa em flagrante em diligência do Gaeco e da Divisão Estadual de Narcóticos, utilizando documento falso para tentar se passar pela companheira de um narcotraficante condenado no âmbito das operações Zaquel, deflagrada em 2007, e Ferrari, iniciada em 2015, ambas da Polícia Federal. A mulher estava num cartório de notas da cidade, tentando transferir imóvel residencial de alto padrão pertencente a pessoa envolvida com o narcotráfico.

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Com a prisão dessa primeira investigada, identificou-se a existência de associação criminosa integrada por indivíduos já conhecidos no meio policial, oriundos da cidade de Arapongas, que falsificavam documentos para registrar procurações e escrituras públicas com a finalidade de se apropriarem de bens de origem ilícita, como imóveis, veículos e valores em conta bancária, pertencentes a um casal investigado por narcotráfico pela PF nas operações mencionadas.

Apurou-se que o casal em questão, residente na cidade de Mundo Novo (MS) e que comandaria uma organização criminosa, encontra-se desaparecido desde o início de 2018, após disputa com um grupo rival formado por narcotraficantes investigados no âmbito da Operação Laços de Família, da Polícia Federal, deflagrada em 2018. O líder dessa segunda organização criminosa, também sediada na região de Mundo Novo, encontra-se preso em presídio federal por homicídio qualificado praticado contra diversos integrantes da organização criminosa investigada na Operação Zaquel. Há suspeita de que o casal desaparecido também tenha sido morto por esse grupo.

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FRAUDES

Paralelamente, as investigações demonstraram que os bens do casal desaparecido, que incluem propriedade rural e mansão em Mato Grosso do Sul, também foram alienados para os investigados mediante fraude. Inclusive, a esposa do líder dessa segunda organização criminosa, alvo de mandado de prisão nesta quinta-feira, está residindo na residência do casal desaparecido, em companhia de um advogado, que também é alvo de mandado de prisão.

Tanto a quadrilha de Arapongas como a quadrilha de Mundo Novo teriam se valido de familiares do casal desaparecido para facilitar as transferências dos bens. Uma das finalidades da operação deflagrada nesta data é apurar se essas participações se deram de modo fraudulento, de forma voluntária ou ante grave ameaça contra esses familiares. Estima-se que os valores auferidos pelos investigados com as fraudes em questão envolvendo apenas os bens imóveis do casal desaparecido seja de no mínimo R$ 4 milhões, além de quantias eventualmente apropriadas de contas bancárias e outros bens móveis. Além de recolher provas dos crimes, a Operação Fauda busca a recuperação desses ativos de origem ilícita e sua destinação conforme a legislação em vigor.

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