Um trabalhador que sofreu um acidente de trabalho em Campo Mourão teve a mão reimplantada. Uma série de fatores contribuiu para o sucesso da cirurgia de reimplante. As informações são do site GMC Online.
Cerca de uma hora após o acidente, em que a mão do trabalhador foi decepada, o ortopedista que prestou o primeiro atendimento em Campo Mourão entrou em contato com a equipe de médicos microcirurgiões em Maringá.
Ele acreditava que seria possível fazer o reimplante e passou todos os detalhes do caso para os ortopedistas especializados em microcirurgia da mão Sérgio Auto e Carlos Calzadol. Os especialistas concluíram que sim, era possível; e orientaram sobre a forma correta de preservação do membro amputado.
O paciente veio de ambulância a Maringá, enquanto num hospital aqui da cidade, a equipe se preparava para a cirurgia. O ideal é que uma cirurgia como essa seja realizada em no máximo seis horas, explica dr. Sérgio.
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“Quando ele entrou em contato comigo tinha em torno de uma hora já que tinha acontecido tudo isso e é literalmente um relógio que começa a correr, né? Então a gente acionou a equipe, a gente traz os instrumentais próprios, então existe a necessidade de pinça microcirúrgicas, clâmbio microcirúrgicos, que a gente já tem isso na nossa equipe preparado e já esterilizado. A gente faz todo um contato com a questão do hospital para deixar uma sala cirúrgica reservada para esse paciente imediatamente chegar no hospital e ser abordado. É feito um contato também com a equipe de pronto-socorro da emergência que vai admitir esse paciente no hospital para que toda essa parte burocrática de internação seja agilizada”, explica o médico.
O paciente está bem e já começou a recuperar movimentos. Há chance de recuperação quase total, inclusive do movimento de pinça, que é a habilidade de pegar pequenos objetos com os dedos indicador e polegar, explica Carlos.
“Ele tem um esboço da pinça. Pelo fato dele já estar fazendo isso, hoje a gente prevê uma recuperação de boa para ótima para ele. Então a gente acredita que ele vai recuperar a pinça assim e vai voltar a fazer grande parte das atividades que ele já fazia”, afirma o médico.
A cirurgia foi inédita em Maringá e região, porque é raro que em um acidente de trabalho com amputação haja condições de reimplante.
“Em relação ao ineditismo, a gente acredita que aqui em Maringá e região, realmente tenha sido o primeiro caso. Em alguns outros grandes centros ao longo do país aí com certeza isso já foi feito algumas outras vezes”, expõe o cirurgião Sérgio.
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Os especialistas orientam sobre como proceder em casos de acidentes com amputação de membros.
“Em relação aos cuidados, o que é importante em casos de amputação é toda essa cadeia desde o primeiro atendimento até a chegada a um hospital com um centro capaz de realizar o procedimento que ela seja bem feita. Então, o principal é que esse acondicionamento do coto de amputação precisa ser muito bem feito. O que a gente orienta é que no caso de um reimplante, o coto seja enrolado, envolvido em algum tipo de gás e compressa, ou até mesmo um pano, seja colocado em algum saco, um saco bem vedado, e esse saco bem vedado seja colocado em algum tipo de isopor, cooler, algum recipiente que contenha água e gelo. O objetivo é deixar o coto de amputação em uma temperatura em torno de 4 graus Celsius. O que não pode é deixar o coto de amputação em contato direto ou com água, ou com gelo, porque a água direta ela pode redemaciar os tecidos e o gelo pode acabar fazendo um fenômeno que a gente chama de congelamento”, esclarecem os médicos.
O caso ajuda a divulgar a existência de equipes especializadas em microcirurgias para reimplante e reconstrução de membros.
“É importante divulgar isso, que a gente consegue fazer esse trabalho para devolver a função de pacientes, de empregados, em uma melhor forma possível. Então às vezes o paciente acaba deixando de ser tratado adequadamente por simplesmente desconhecer que existe esse trabalho que a gente faz”, diz Carlos.
As informações são do site GMC Online, parceiro do TNOnline.
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