Noventa e três paranaenses seguem presos em Brasília por envolvimento nos protestos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na depredação do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional. Pelo menos oito são de Apucarana.
Os números de presos por estado foram divulgados pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal e estão disponíveis aqui. No total, 921 pessoas continuam detidas na capital federal. Elas tiveram a prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
São 54 homens detidos no Centro de Detenção Provisória II (CDPII), do Complexo da Papuda, e 39 mulheres na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia. Outros 43 paranaenses foram liberados com uso de tornozeleira - quatro apucaranenses. No total, 464 saíram da cadeia mediante medidas cautelares.
O advogado Luiz Fernando Vilasboas, que representa 12 apucaranenses (oito presos e quatro liberados com tornozeleira), explica que a Procuradoria Geral da República (PGR) está fazendo as denúncias, que é a fase que inaugura o processo penal. “Após o recebimento das denúncias, os investigados tornam-se oficialmente réus nas ações”, explica.
Dos 1.385 presos ou liberados com tornozeleiras, 479 já foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa e incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais.
A Justiça Federal também bloqueou bens de mais 40 detidos por terem financiado ou participado dos atos antidemocráticos. A Advocacia-Geral da União pretende garantir os recursos para ressarcir o patrimônio público se eles forem condenados. O prejuízo é calculado em pelo menos R$ 18,5 milhões.
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