Dados do Ministério da Saúde revelam que aproximadamente 26 mil doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca fora da validade foram aplicadas em 1.532 municípios brasileiros. A cidade que mais usou vacinas vencidas é Maringá, no Paraná. Apucarana e Arapongas também aparecem na lista.
Maringá vacinou 3.536 pessoas com primeira dose, que estava vencida. Depois vem Belém, no Pará, que aplicou 2.673; a cidade de São Paulo aplicou 996; Nilópolis, no Rio de Janeiro, 852, e Salvador, na Bahia, 824, revelou a reportagem da Folha de São Paulo.
Conforme os dados, em Apucarana foram 4 doses, Arapongas, 77, São Pedro do Ivaí, 20, depois aparecem os municípios de Borrazópolis, Rio Bom, Faxinal, Novo Itacolomi e Bom Sucesso, com uma dose vencida em cada.
A Secretaria Estadual de Saúde do Paraná informou que prepara uma nota sobre o assunto.
Outras 114 mil doses do imunizante da AstraZeneca distribuídas a estados e municípios dentro do prazo de validade também já venceram, mas não se sabe foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas.
Mais da metade (57%) das doses aplicadas neste ano no Brasil foram da AstraZeneca. Vale lembrar que a grande maioria foi utilizada de acordo com as orientações do fabricante, ou seja, dentro da validade estabelecida.
Por nota, o Ministério da Saúde informou "que acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas Covid-19 recebidas e distribuídas" e que "as doses entregues para as centrais estaduais devem ser imediatamente enviadas aos municípios pelas gestões estaduais. Cabe aos gestores locais do SUS o armazenamento correto, acompanhamento da validade dos frascos e aplicação das doses, seguindo à risca as orientações do Ministério."
Quem tiver recebido uma dose de um desses oito lotes de AstraZeneca após a data de validade deve procurar uma unidade de saúde para orientações.
Segundo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, quem tomou imunizante fora da validade precisa se revacinar pelo menos 28 dias depois de ter recebido a dose aplicara erroneamente.
O plano define, também, que cada indivíduo vacinado seja identificado com o lote da imunização recebida, o produtor da vacina e a dose aplicada. Isso é feito justamente para acompanhamento do Ministério da Saúde e eventual identificação de erros vacinais.
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