Uma mulher utilizou as redes sociais para denunciar um acontecimento registrado em uma ambulância durante o transporte de sua filha, que tem hidrocefalia, até um hospital. Em entrevista ao g1, Graciele Reis dos Santos informou que a menina, de 10 anos, teve crises convulsivas e, por conta disso, procurou atendimento na Unidade Mista de Saúde de Jundiaí do Sul (PR). (Assista vídeo abaixo)
Após avaliar a situação da criança, a médica responsável pelo atendimento decidiu pedir a transferência dela para o Hospital Santa Casa, em Jacarezinho (PR). Graciele informou que havia suspeita de obstrução da válvula da derivação ventrículo peritoneal.
Uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel foi mobilizada, do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi), foi mobilizada para levar a paciente até a unidade de saúde. No entanto, durante o trajeto, a mãe da menina se surpreendeu, pois a equipe médica que estava na ambulância escutou música alta durante o percurso.
"Eu não estava acreditando que eu estava passando por aquela situação. [...] A minha única saída foi filmar e postar a minha indignação como mãe. É lamentável", afirmou em entrevista ao g1.
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Graciele conta ter ficado sozinha com a filha durante o trajeto, enquanto a equipe médica permaneceu na parte da frente daambulância,a com o som sendo controlado por eles.
"Quando acabou a medicação dela [filha], no meio do caminho, eu chamei a enfermeira. [...] Ela não me ouvia. Eu tive que tirar o cinto, me levantar, ir nela e tocar nela. Ela não gostou muito", contou Graciele em entrevista à RPC.
Assista:
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Ao chegar no hospital de Jacarezinho, Graciele lembra de ter chorado por estar "muito nervosa". A criança precisou passar por outra transferência, para o Hospital Infantil Sagrada Família de Londrina, que ocorreu sem registros semelhantes.
A criança recebeu alta médica nesta segunda-feira (6) e está em casa.
Posicionamento do Cisnorpi
Em nota, o Cisnorpi informou que "diante da gravidade da situação, medidas imediatas estão sendo tomadas para apurar os fatos e responsabilizar os profissionais envolvidos".
"[...] não toleramos e nunca toleraremos comportamentos que violem o bem-estar e a dignidade dos pacientes, que devem ser tratados com o máximo de atenção, zelo, respeito e humanidade pelos profissionais, deixando claro que o CISNORPI, na condição de Órgão Gestor do SAMU REPUDIA situações desta natureza", diz a nota.
O documento é assinado por Marcelo José Bernardeli Palhares, Presidente do Cisnorpi e prefeito de Jacarezinho.
As informações são do G1.
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