Nesta quarta-feira (6), a Polícia Civil ouviu os familiares e a professora que encontrou as porções de crack na mochila de um aluno de 2 anos em um Cmei de Maringá na última sexta-feira (1º). O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), está à frente das investigações. A mãe da criança não entrou mais em contato com familiares desde então e tem paradeiro incerto. Confira abaixo as investigações e atualizações do caso.
- RELEMBRE O ACONTECIDO: Pedras de crack são encontradas em mochila de criança de Maringá
“Ouvimos alguns familiares e também a professora que localizou a substância entorpecente. Em relação aos familiares é possível constatar que a genitora da criança de fato seria usuária de drogas, que um familiar já teria acionado o Conselho Tutelar relatando esse fato. Não noticiaram nenhuma situação de violência ou maus-tratos praticados pela genitora, pelo que então não acharam necessário solicitação de medidas protetivas de urgência em favor da criança, e relataram também que desde sexta-feira a genitora da criança está com paradeiro incerto, que não tiveram mais contato e a criança está aos cuidados da tia. Agora nós vamos entrar em contato com o Conselho Tutelar para verificar se de fato já tinham sido acionados, se já prestaram atendimento, se a mãe compareceu ao Conselho Tutelar e vamos intimá-la para que ela seja ouvida nos próximos dias. É importante destacar também que a familiar relatou que na sexta-feira, na data que a droga foi localizada, foi a genitora que preparou a mochila da criança e foi ela que levou a criança para a escola”, relata a delegada.
O caso:
Uma professora encontrou porções de crack no bolso lateral da mochila de uma criança de 2 anos e 4 meses em um Cmei de Maringá. A Guarda Municipal e a Polícia Militar foram acionadas. A droga foi apreendida e o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) vai iniciar as investigações.
Segundo a delegada do Nucria, Karen Friedrich Nascimento, ao realizar a troca de calçado da criança, uma servidora do Cmei localizou substância análoga a crack no bolso lateral da mochila dela. “Será instaurado inquérito policial para apurar o crime de expor a vida ou a saúde a perigo direto ou iminente, tendo em vista que nesse caso houve a existência de perigo tanto para a criança quanto para os demais alunos que frequentam ali o Cmei e eventualmente poderiam acessar a mochila e acabar ingerindo essa substância entorpecente. Também realizamos algumas diligências e verificamos que a genitora seria usuária de drogas. O Conselho Tutelar já foi acionado e também verificaremos se seria o caso nesse momento de solicitar alguma medida protetiva no judiciário ou o Conselho Tutelar aplicar uma medida de proteção em relação à criança”, diz a delegada.
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O que disse a Prefeitura:
A Prefeitura de Maringá se manifestou por meio de nota sobre o caso quando aconteceu:
“A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Educação, informa que, assim que a equipe do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) encontrou a substância na mochila do aluno, realizou todos os encaminhamentos, por meio do setor de Proteção à Criança da Secretaria de Educação. A Guarda Civil Municipal e a Polícia foram acionadas para registro do boletim de ocorrência e apreensão da substância. O Conselho Tutelar também foi acionado para apuração do caso e encaminhamento aos órgãos de proteção à criança”.
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