A Justiça da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu determinou que
a Polícia Civil do Paraná complemente com novas informações o inquérito que
investiga o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz, Marcelo
Arruda, morto no último dia 9 de julho.
Por conta do apelo público da ocorrência, que teve
repercussão nacional, o inquérito policial tinha um prazo já considerado
bastante curto, de apenas 10 dias, para ser concluído. E foi finalizado pela
Polícia Civil em apenas cinco dias, gerando nova polêmica, uma vez que concluiu
que o crime não teria motivação política.
A defesa da família de Marcelo Arruda contestou, por
exemplo, a finalização da investigação antes da divulgação do conteúdo do
celular de Jorge Guaranho, policial penal federal autor dos disparos que
vitimou o guarda municipal. Como se recorda, Guaranho teria invadido o local da
festa de aniversário de Arruda – festa com a temática do PT e de Lula – aos gritos
de “aqui é Bolsonaro”.
O despacho do juiz Gustavo Arguello, atende um pedido do
Ministério Público do Paraná. Em um trecho, o juiz escreve: “Determino o retorno
do inquérito policial à Delegacia de Polícia, via remessa off-line, para o
urgente cumprimento das diligências investigavas requisitadas pelo Ministério
Público”.
A defesa da família do Guarda Municipal de Foz do Iguaçu,
também argumenta que o inquérito teria sido encerrado antes da divulgação do resultado
do exame de confronto balístico, reconstituição no local do crime e da perícia
no carro do agente federal.