A Polícia Civil de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, está investigando um esquema de pirâmide que, em uma semana, recebeu mais de 400 denúncias.
De acordo com a investigação, os golpistas pedem depósitos e prometem o dobro do valor em lucro, justificando tratar-se de uma plataforma de divulgação em mídia ligada a um canal de televisão à cabo.
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Duas pessoas estão sendo investigadas, suspeitas de atrair vítimas para o esquema criminoso. Ambas foram interrogadas na terça-feira (10) e cada uma teve cerca de R$ 1 milhão bloqueado de contas bancárias.
Nesta sexta-feira (12) um terceiro suspeito deve ser interrogado, e a investigação busca identificar os líderes do esquema, segundo o delegado Gabriel Munhoz, responsável pelo caso.
Ele afirma que, dentre as denúncias recebidas, os prejuízos chegam a R$ 20 mil por pessoa - mas que podem ser ainda maiores e em diversas regiões do país devido à extensão do esquema.
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Isso porque o golpe se dá por meio de um aplicativo de celular, que foi lançado em novembro de 2023 e pode ser baixado por qualquer pessoa, explica Munhoz.
"A gente acredita que esses indivíduos que orquestraram esse aplicativo e disseminam ele ao longo do país integram uma organização criminosa que depende de um número bem grande de pessoas para que seja efetivada essa operação", afirma o delegado.
O delegado também incentiva que outras pessoas que tiveram prejuízos no esquema de pirâmide denunciem à polícia, para ampliar as investigações.
Os dois suspeitos identificados até o momento vão responder em liberdade por não serem indicados como os líderes do golpe, afirma o delegado.
Eles podem responder por crimes contra a economia popular, que podem render até dois anos de prisão.
O delegado também afirma que não descarta o indiciamento dos envolvidos por outros crimes, como lavagem de dinheiro e organização criminosa, e aguarda o andamento das investigações para a definição.
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