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"Golpe é narrativa dos alunos", diz advogado de empresa de formatura

Estudantes de medicina de Maringá afirmaram que levaram um golpe na festa de formatura em cerca de R$ 3 milhões

Da Redação

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A festa deveria ter acontecido no último final de semana, mas foi cancelada
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A festa deveria ter acontecido no último final de semana, mas foi cancelada
Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2023, 11:12:02 Editado em 28.01.2023, 11:12:01
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O caso dos formandos de medicina de uma universidade de Maringá que afirmam terem sido vítimas de um golpe de cerca de R$ 3 milhões pela empresa de formatura Brave, de Florianópolis, está repercutindo na última semana. A festa deveria ter acontecido no último final de semana, mas foi cancelada.

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O jantar foi improvisado com um cardápio diferente do contratado. Já o baile foi organizado de última hora por uma empresa de Maringá e os formandos que fizeram um pagamento à parte para ter a festa.

LEIA MAIS: Empresa de SC dá golpe de quase R$ 3 milhões em formandos no PR

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Os alunos alegam golpe de R$ 3 milhões, valor total que teria sido pago ao longo dos cinco anos de curso. Ainda no último fim de semana, o advogado de uma das formandas e a defesa da comissão de formatura entraram na Justiça pedindo o bloqueio de bens da Brave, como caminhões e equipamentos que estavam retidos em Maringá. A Justiça concedeu liminar, mas na quinta-feira (26), o Tribunal de Justiça do Paraná liberou os equipamentos.

Enquanto isso, o advogado que representa outra turma de medicina com formatura agendada para agosto deste ano conseguiu o bloqueio de outros ativos da Brave, para garantir a realização do evento daqui a sete meses. Nesta semana, após não conseguir contato com nenhum representante da Brave, o Procon multou a empresa em R$ 528 mil.

Já nesta sexta-feira (27), a história teve um novo desdobramento, pois o advogado da Brave, Ricardo Medeiros de Araújo, se pronunciou sobre a situação.

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O delegado Fernando Garbelini, da Delegacia de Estelionato, afirma que a empresa não tinha a intenção e nem nas condições necessárias para cumprir o contrato com os estudantes maringaenses. Ricardo Medeiros, no entanto, nega as acusações.

A Brave já havia divulgado uma nota sobre o caso, com informações que foram reiteradas pelo advogado. Ele fala em contrato por estimativa, narrativa de golpe e em encontrar os culpados. Segundo ele, a empresa tem um fluxo de caixa definido conforme pagamentos e agora está completamente no vermelho. “Até em razão não só do bloqueio judicial das contas da empresa, como também da falta de pagamento da maioria das comissões que têm contrato com a Brave”, justifica.


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Confira abaixo as explicações do advogado da Brave sobre o caso:

‘Contratos são estimativas’

O advogado Ricardo Medeiros de Araújo disse que os contratos de gestão das formaturas são por estimativa. Ele destaca que o contrato fala da possibilidade de readequação e da Brave inclusive ceder o crédito para uma outra empresa, o que, segundo ele, nunca foi feito.

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“Essa narrativa de que isso é feito por preço fechado…isso não prospera. Imagina eu fechar um preço há 5, 6 anos atrás de um evento que vai acontecer somente esse ano. É sempre por estimativa, e quando vai chegando próximo das datas dos eventos vão fazendo-se ali os ajustes necessários. Muitas vezes, quando a comissão de formatura não tem condição financeira de encampar tudo aquilo que lá na origem do contrato foi combinado, vai-se cortando uma atração ou substituindo, pelo menos, por uma mais barata, vai-se adequando o projeto pra que se consiga realizar”, justifica.


Narrativa de golpe nunca existiu, diz advogado

Segundo o advogado, 80% do que estava no contrato dos alunos de Maringá foi entregue. Ele assumiu que houve o que ele chama de desacerto comercial, mas diz que é preciso apurar quem são os culpados. Leia na íntegra o que diz o advogado sobre o assunto:

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“Essa narrativa que se foi construindo de sábado pra cá, de golpe, isso nunca existiu. Empresa que quer dar golpe não comparece no local, não faz o que a Brave fez. Isso precisa ser descontruído, até pela mídia, porque se houve desacerto comercial? Claro que houve. Agora a gente tem que apurar quem são os culpados do desacerto comercial", afirmou o advogado.

O advogado reiterou que o golpe alegado pelos estudante não existiu. "Essa narrativa de golpe de R$ 3 milhões não existe, nunca existiu", frisou.


Festa organizada de última hora causou estranheza

O fato de os formandos terem conseguido organizar a festa de formatura de última hora gera estranheza, segundo o advogado a Brave. “Agora estranhamente não se consegue entender o porquê de tão rapidamente fazer uma outra formatura com uma outra empresa aportando valores maiores, porque as notícias e as informações que me chegaram é de que foi em torno de R$ 10 mil por aluno. Em torno de 49 ou 50 formandos aderiram a essa nova formatura, ou seja, nós estamos falando em um orçamento aí de aproximadamente R$ 500 mil, e rapidamente, em menos de 24 horas, o que a gente considera quase impossível de se fazer, foi feita uma festa, uma belíssima festa pros formandos que contrataram essa empresa. Nos causou muita estranheza”.


Fonte: Matéria da GMC Online.

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