O Simepar, O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná, informou que a fumaça visualizada, principalmente na região Oeste do Estado, é originária de queimadas e incêndios florestais que ocorrem tanto na Amazônia como em partes da Região Centro-Oeste do Brasil.
A fumaça chega ao estado devido à atual configuração dos ventos na América do Sul. "O trajeto da fumaça e da fuligem gerada naquelas áreas é claramente observado através de informações geradas pelo satélite meteorológico GOES16, o qual monitora, a cada 10 minutos, toda essa área do continente sul-americano. A altura média desse material suspenso na atmosfera é da ordem de 3 a 20 km altura e os efeitos que a fumaça causa podem ser identificados no nascer e no pôr do Sol, deixando-o mais avermelhado assim como o céu mais esbranquiçado durante o dia", explica o Simepar.
2 focos por minuto: Amazônia alcança maior taxa de queimadas da história.
A Amazônia está em chamas. Dados históricos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revelam que a média de focos de queimadas alcançou, nos cinco primeiros dias de setembro, a maior média diária de fogo desde o início das medições do órgão federal, em 1998.
De 1º a 5 de setembro, a floresta registrou 14.839 focos, o que dá uma incrível média de 2.968 focos por dia, ou dois novos a cada minuto.
Até então, levando em conta um mês inteiro, setembro de 2007 foi o recorde de queimadas registradas da Amazônia, com 73.141 focos, que dá uma média de 2.438 por dia —ou seja, 20% a menos que a taxa atual.
As queimadas na Amazônia explodiram na segunda quinzena de agosto e fizeram o mês passado fechar com o maior número de focos para um mês de agosto desde 2010: foram 33 mil focos, o maior número até agora durante a era Jair Bolsonaro (PL).
No último domingo, a Amazônia viveu seu pior dia de queimadas desde 2007, quando foram registrados 3.393 focos de calor pelo Inpe.
Como explicaram especialistas à coluna na terça-feira passada, dois fatores parecem ser primordiais para explicar o ciclo de fogo na Amazônia: o temor que o presidente Jair Bolsonaro não seja reeleito, e o novo presidente retome medidas de proteção da floresta; e a forte seca que Amazônia vive, que faz com que o fogo se alastre mais facilmente.
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