A quantidade de fumaça sobre o estado do Paraná deve aumentar nos próximos dias, após a diminuição da estiagem com a chegada de chuvas em algumas cidades, e a qualidade do ar será impactada negativamente. A chuva conseguiu reduzir o número de focos de incêndio em algumas regiões. As informações são da Banda B.
De acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), a previsão é de que a fumaça ingresse com mais força sobre o estado e haja uma piora gradativa na qualidade do ar. O cenário, contudo, deverá ser alterado somente após o registro de chuva em todas as regiões do País, o que deve ocorrer entre sexta-feira (20) e sábado (21).
“Nos próximos dias, a fumaça vai ingressar ainda mais no estado e a qualidade do ar vai piorando gradativamente até a chegada de chuva em todas as regiões do país novamente, o que deve ocorrer a partir de sexta-feira e sábado. Essa melhora momentânea é bem-vinda, mas continua todo esse fluxo de fumaça e veremos novamente entre hoje e amanhã, de forma mais persistente, o céu mais acinzentado e o pôr-do-sol, alaranjado”, disse o meteorologista Lizandro Jacóbsen.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, a região Sul do País deverá registrar 70 mm de chuva até o dia 23 devido à passagem da frente fria. Com exceção do Nordeste, todas as regiões do Brasil deverão registrar chuva até a próxima segunda-feira (23).
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A frente fria que avança sobre o Paraná foi favorável para uma “melhoria momentânea”, segundo Jacóbsen. No entanto, apesar da ocorrência de chuva nos próximos dias, o vento segue transportando partículas geradas pelas queimadas.
Entre as capitais brasileiras, Curitiba é que registra melhor qualidade do ar nesta quarta-feira (18), segundo monitor da agência suíça IQAir. O índice de qualidade na capital paranaense segue em 26, sendo que o nível de medição vai até 500. Quanto maior o número, pior a qualidade do ar na cidade. Na sexta-feira (20), porém, o índice deve se elevar para 82.
A exposição à fumaça gerada pelas queimadas deverá influenciar no aumento do número de casos de câncer nas próximas décadas. “Se a gente não prevenir essas questões hoje, a gente corre risco de ter um aumento dos tipos câncer relacionados ao sistema respiratório em um futuro próximo”, disse Ubirani Otero, chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Instituto Nacional de Câncer (Inca), à Agência Brasil.
De janeiro a agosto, os incêndios atingiram 11,39 milhões de hectares, segundo dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, divulgados no último dia 12.
Para mais informações, acesse à Banda B, parceira do TnOnline.
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