A Polícia Civil prendeu um farmacêutico em flagrante, de 37 anos, suspeito de falsificar aproximadamente 2 mil receitas médicas. A prisão foi feita nesta quarta-feira (22), por policiais da Delegacia de Repressão à Crimes Contra a Saúde (Decrisa), durante um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, localizado no bairro Capão Raso, em Curitiba.
De acordo com a polícia, na casa do farmacêutico, foram apreendidos carimbos de pelo menos dois médicos, além de um bloco com mais de 500 receitas médicas em branco e uma receita preenchida.
As receitas, conforme informado pela polícia, tinham brasão e inscrições da Secretaria Municipal de Saúde da capital. Foram apreendidos também no local um receituário de um dentista particular e frascos de remédios manipulados, incluindo medicamentos de uso controlado.
A polícia informou que chegou até o homem depois que uma médica registrou Boletim de Ocorrência contra o suspeito, no início do mês. Entre as substâncias prescritas nas receitas estavam testosterona e medicamentos antidepressivos.
A médica, que trabalha como radiologista e não atua prescrevendo medicamentos, recebeu contato de uma farmácia de manipulação informando que havia recebido diversas receitas com um suposto carimbo e assinatura dela.
As equipes da policia investigam os papéis de supostas receitas que chegaram à farmácia.
Ainda conforme a investigação, o mesmo homem cometeu crime semelhante, usando carimbo da mesma médica, em 2017. Na época, o suspeito foi investigado por falsificar atestados médicos.
A delegada Aline Mazatto, que investiga o caso, apontou que o suspeito pode responder pelos crimes de uso de documento falso, cuja pena é de dois a seis anos de prisão, além de falsificação de documento público, exercício ilegal da medicina e falsificação de documento particular.
Ela destacou que a polícia pretende apurar se o farmacêutico realizava venda das receitas, se exercia medicina ilegalmente, fazendo consultas para as pessoas para quem receitava as medicações.
"Pode ser que ele clinicava, ou então, fazia a venda e lucrava em cima, então, vamos ter que conversar com essas pessoas que têm o nome da receita para verificar qual é a situação efetiva e apurar outros crimes que ele tenha praticado", disse.
A principio, conforme a polícia, não há indícios de envolvimento suspeito nem da Secretaria Municipal de Saúde e nem da farmácia que fazia os medicamentos com base nas receitas falsas.
O advogado do farmacêutico suspeito informou que pretende, primeiramente, se inteirar do caso para depois de manifestar.
Caso seja identificada participação nos crimes por parte pessoas com nomes nas receitas, as mesas serão responsabilizadas, conforme a polícia.
Com informações: g1
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