As exportações paranaenses de soja em grão, açúcar bruto, óleos e combustíveis, geradores e transformadores elétricos e carne de frango industrializada bateram recordes históricos nos primeiros sete meses deste ano. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O Paraná já exportou US$ 13,6 bilhões em 2024.
No caso da soja, as vendas estaduais ao mercado internacional somaram US$ 3,5 bilhões no acumulado de janeiro a julho de 2024, correspondendo à maior cifra registrada para o período desde 1997, início da série histórica. Também houve um crescimento de 4,6% em relação aos US$ 3,3 bilhões movimentados no mesmo período em 2023, que era o maior registro até então. A soja representa 25% (um quarto) da pauta de exportações do Paraná.
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Da mesma forma, as exportações paranaenses de açúcar bruto são as mais relevantes da série de resultados, com receitas de US$ 709 milhões até julho, ficando 41% acima dos US$ 502 milhões contabilizados em idêntico intervalo do ano passado, por exemplo. O melhor resultado tinha sido de janeiro a julho de 2011, com US$ 669 milhões.
Já as vendas ao Exterior de óleos e combustíveis totalizaram US$ 247 milhões, valor igualmente recorde (o maior tinha sido em 2022, com US$ 239 milhões), evidenciando a pujança do setor petroquímico paranaense, com crescimento de 29,8% em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 190 milhões).
Essa realidade também pode ser observada no âmbito da indústria local de material elétrico, com as exportações de US$ 87 milhões de geradores e transformadores registradas de janeiro a julho de 2024. O recorde é quase três vezes maior do que os US$ 33 milhões do mesmo período do ano passado.
As exportações de carne de frango industrializada atingiram US$ 84,7 milhões, superando todos os resultados anotados nos sete primeiros meses de cada ano, de 1997 a 2023, inclusive o recorde anterior de US$ 82 milhões em 2022. O volume das vendas desse produto indica a conquista de mercados pelos alimentos paranaenses de maior valor agregado, o que resulta em maiores retornos econômicos para o Paraná, assim como no caso do mercado de suínos e pescados.
Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, a variedade de produtos que vêm registrando recordes de exportação demonstra que a competividade do Estado não se restringe a poucos segmentos. “Somos competitivos da produção de bens primários até a manufatura de mercadorias sofisticadas, o que pode ser atribuído aos empreendedores locais, que contam com o apoio do governo estadual”, afirma.
BALANÇO GERAL
As exportações paranaenses cresceram em julho em relação a junho (de US$ 2,01 bilhões para US$ 2,05 bilhões). De maneira geral, o Paraná é o 5º maior exportador do ano, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Os maiores compradores do Paraná foram China (US$ 3,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 884 milhões), México (US$ 584 milhões), Argentina (US$ 525 milhões) e Chile (US$ 357 milhões).
No sentido oposto do comércio internacional, as importações aumentaram 4,8% de janeiro a julho, saindo de R$ 10,3 bilhões para US$ 10,8 bilhões. A principal pauta estadual é adubos e fertilizantes (U$ 1,09 bilhão), óleos e combustíveis (US$ 940 milhões) e autopeças (US$ 698 milhões). A balança comercial continua positiva, com diferença de US$ 2,7 bilhões entre compras e vendas.
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