Em quatro anos de atividades, a base aeromédica da Secretaria de Estado da Saúde em Maringá atendeu aproximadamente 2,2 mil ocorrências nas regiões Norte e Noroeste do Paraná. Mais de 600 vítimas de acidentes de trânsito foram resgatadas nas rodovias.
A aeronave opera do nascer até pôr do sol, em um raio de até 250 quilômetros, e é tripulada por um comandante, um médico e um enfermeiro. Nestes quatro anos de atuação, completados nesta quinta-feira (26), o helicóptero já voou 2,1 mil horas, otimizando o tempo de resposta aos pacientes graves. A média semanal é de cinco a sete ocorrências, de curta ou longa distância, somando de 40 a 45 horas mensais de atendimento aéreo.
“O serviço aeromédico é um dos principais pilares no atendimento rápido a vítimas de traumas. Cada minuto após um acidente é primordial para salvar a vida daquela pessoa e evitar futuras complicações. Agradecemos à equipe de Maringá por estes quatro anos de operações em prol da população paranaense”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
De acordo com informações da base, anteriormente, quando não havia o serviço na região, um paciente infartado poderia aguardar de 24 a 48 horas por um atendimento. Agora, em até duas horas e meia ele está na unidade referência para ser atendido. “O grande diferencial deste serviço é dar esperança àqueles que não tinham acesso. Muita gente deixou de morrer pela rapidez do helicóptero e a qualificação da equipe de atendimento aeromédico”, disse Mauricio Lemos, médico cirurgião torácico e operador de suporte médico.
De acordo com ele, o serviço levou a tecnologia de atendimento até o local onde é necessário. “Pacientes gravemente feridos que sofriam algum acidente em uma distância maior que 30 quilômetros de um hospital tinham seu quadro clínico agravado até serem atendidos. Hoje estes pacientes recebem o atendimento especializado já no local do acidente, de forma ágil”, ressaltou.
ATENDIMENTO – A equipe de Maringá é composta por oito médicos, nove enfermeiros, dois comandantes de aeronave e dois mecânicos. As principais ocorrências são de infarto, acidente vascular cerebral (AVC), acidentes de trânsito e traumas em rodovias. Porém, o serviço aéreo também auxilia no transporte neonatal e no transporte de órgãos.
Para a enfermeira Mileni Camargo atuar em um serviço como esse é um grande desafio e motivo de orgulho. “Temos muito orgulho do serviço e sua consolidação se deve ao bom atendimento, à diminuição da mortalidade e ao atendimento rápido aos pacientes graves. O nosso foco é manter a qualidade com treinamento contínuo da equipe”.
Segundo o operador de suporte médico Márcio Ronaldo, nunca houve morte de paciente a bordo, desde que a base foi instalada. “Levamos muito a sério o atendimento ao paciente e trabalhamos baseados nos protocolos rígidos de urgência e emergência. Nunca tivemos perda de vida a bordo do helicóptero e pretendemos continuar assim. A resposta rápida aos chamados é fundamental para salvarmos uma vida”, disse.
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