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Defesa de suspeito de mandar matar dois em posto de Curitiba afirma que versão da Homicídios é fantasiosa

A defesa do empresário Bruno Ramos Caetano, suspeito de mandar matar duas pessoas em um posto de combustíveis, no Centro de Curitiba, diz que a versão do crime apresentada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é fantasiosa. O advogado Cláu

Da Redação

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Defesa de suspeito de mandar matar dois em posto de Curitiba afirma que versão da Homicídios é fantasiosa
Icone Camera Foto por Daniela Sevieri/Banda B
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.06.2020, 23:02:49 Editado em 13.06.2020, 23:02:49
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A defesa do empresário Bruno Ramos Caetano, suspeito de mandar matar duas pessoas em um posto de combustíveis, no Centro de Curitiba, diz que a versão do crime apresentada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é fantasiosa. O advogado Cláudio Dalledone criticou o direcionamento das investigações, comandadas pela delegada Tathiana Guzella. “A primeira versão apresentada pela delegada é fantasiosa. É um roteiro que não vai persistir, que não vai perdurar, que não vai aguentar o mínimo contraditório quando as perícias começarem a chegar, quando as testemunhas começarem a falar. A narrativa dela vai cair por terra”, disse, na tarde desse sábado (13).

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Dalledone assumiu a defesa do suspeito horas após a prisão de Bruno, que aconteceu na casa dele, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Para a polícia, ele é o mandante do crime contra o advogado Igor Martinho Kalluf, 40 anos, e Henrique Mendes Neto, 38 anos. Segundo versão apontada pela DHPP, Bruno estava sendo cobrado por uma dívida de R$ 480 mil em pedras preciosas. O cobrador, um ourives, teria contratado o advogado Igor para que a cobrança fosse mais contundente, visto que Bruno estaria devendo o valor mencionado desde o ano passado.

O advogado de defesa de Bruno nega que ele seja o mandante do crime. “Com base em que? Sequer o celular foi apreendido, nem foi analisado. Com base na versão do ouvires? Isto é muito frágil. A versão dela, a convicção dela, cairá por terra. O ourives é tão suspeito quanto o Bruno e merece ser investigado. A sua versão merece ser confrontada e contrastada com os outros investigados. Ele não está do lado da verdade. Ele tem que estar preso e assumir a sua versão, que é mentirosa, tem que ser contrastada com os demais elementos. Inclusive, eu vou pedir uma acareação, imediatamente, entre Bruno e ele (ourives), e vocês irão ver”, afirmou à imprensa.

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A defesa do suspeito preso pede que os atiradores se apresentem à polícia para esclarecer os fatos. “Aqueles que tiveram esse entrevero ali, que infelizmente participaram desta tragédia, que estavam acompanhando o Bruno, que se apresentem, que se apresentem à Justiça, que se apresentem nesta delegacia, para o esclarecimento. O que este caso precisa é de esclarecimento, e a defesa trabalha com os esclarecimentos devidos”, disse Dalledone à Banda B.

Por fim, Cláudio Dalledone se recusou a detalhar para a imprensa a versão de seu cliente e, de maneira taxativa, disse que ainda não vai se pronunciar sobre isso.

Delegada

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Debruçada no caso há cerca de 44 horas, a delegada Tathiana Guzella, da Homicídios, vê um pedido de acareação como medidas positivas ao inquérito. “Ele que peça e nos ajude a ter provas e contraprovas. Ela é recomendada quando há contrassensos e depoimentos diferentes, mas nesse caso não há – tanto que os dois falaram a mesma coisa. A polícia não tem lado, a polícia tem dois mortos por arma de fogo e precisa encontrar os atiradores”, afirmou à Banda B.

A delegada afirmou ainda que policiais da Homicídios encontraram o carro do suspeito preso pelo crime e acionaram o Instituto de Identificação. “Esse carro foi periciado, ele estava escondido em uma mecânica, uma hora depois do crime. Hoje estamos procedendo os padrões papiloscópicos de suspeitos e de outros elementos e indícios. Tudo precisa ser analisado, estamos com a investigação extremamente adiantada, muitas pessoas não dormem há mais de 40 horas, desde que iniciou isso tudo”, detalhou.

Suspeito descartado

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Um dos suspeitos apontados pela Polícia Civil seria um ex-guarda municipal, que teve sua imagem e histórico de passagens policiais amplamente divulgadas na internet. Entretanto, esse suspeito foi completamente descartado pela Polícia Civil.

A delegada Tathiana Guzella disse à Banda B que a equipe policial fez uma diligência importante no caso, na noite de ontem, que descartou o suspeito apontado. “Uma das linhas de investigação é exatamente o que as testemunhas informaram, quem seriam os autores. Começamos com cinco possíveis autores para os três que estiveram no crime. Hoje, temos quatro, descartando uma possibilidade. Ontem à noite, a equipe de investigação esteve em um local noturno que essa pessoa que esteve aqui hoje na delegacia a veracidade das informações ali contidascidade da região metropolitana e percebeu que havia incongruência com o depoimento. As vestes não eram as mesmas, o sapato, roupa, outros detalhes que são fundamentais para uma investigação, ou seja, as provas subjetivas divergem das provas objetivas, filmagens, horários, distâncias de deslocamentos e lapso temporal. Falamos com o advogado dessa pessoa que estávamos investigando e aproveitando para que ele tivesse outros elementos, e isso de fato aconteceu. Tivemos a corroboração dos fatos colhidos ontem à noite, junto com os demais elementos trazidos pelo próprio”, detalhou.

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Ao lado do ex-guarda municipal, então, suspeito, o advogado Jeffrey Chiquini esteve na manhã de hoje na DHPP para apresentar provas de inocência de seu cliente. “Está provado que um dos atiradores não se trata de um ex-guarda municipal. Essa falsa denúncia anônima já foi descartada pela autoridade policial. Até venho a expor a sociedade paranaense que tomem cuidado com estas denúncias anônimas falsas. Uma, quase acabaram com a imagem e reputação de um inocente. Duas, trata-se em verdade de uma contra-informação a desviar o foco da operação. Uma denúncia anônima dessas atrapalha o rumo da investigação, tira o foco. A delegacia acabou perdendo tempo em investigar um inocente, enquanto o verdadeiro que ainda não se conhece, não se sabe o nome, ainda está à solta”, descreveu à imprensa, na saída da especializada.

O caso

Dois homens em um posto de combustíveis, limite entre Batel e Centro de Curitiba, foram mortos a tiros por dois suspeitos armados. O caso aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (11). Câmeras de segurança no local registraram toda a ação dos atiradores. Nas imagens, é possível ver um dos suspeitos tirando uma arma da cintura e apontando contra um grupo de quatro pessoas sentadas ao redor de uma mesa do estabelecimento, entre elas o advogado Igor Martinho Kaluff.

Outro suspeito armado, com uma garrafa na mão, se aproxima e acompanha a discussão que se desenrola. Duas pessoas que estavam sentadas na mesa saem do posto durante a briga e na sequência um terceiro suspeito armado entra no local. Nesse momento dois atiradores entram em ação e as duas vítimas são mortas dentro da loja de conveniência.

Com informações da Banda B

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