A Polícia Penal do Paraná, em convênio com a Ceasa (Central de Abastecimento do Paraná), atua no projeto Banco de Alimentos – Comida Boa. A iniciativa visa ofertar alimentos às pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar através da coleta dos produtos não comercializados pelos atacadistas e produtores rurais nas unidades da Ceasa/PR. Atualmente, o projeto está implantado em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.
LEIA MAIS: Portos do Paraná tem alta na movimentação de cargas em outubro
O convênio utiliza a mão de obra de 66 pessoas privadas de liberdade (PPL) que possuem o benefício do uso da tornozeleira eletrônica. As PPLs atuam na seleção, carregamento e entrega dos alimentos. Em contrapartida, a Ceasa oferece ao detento um salário mínimo, alimentação e transporte. Além disso, atendendo à Lei de Execução Penal, ele tem a oportunidade da remição da pena.
“Esse projeto coloca o preso no mercado de trabalho, elevando sua autoestima e fazendo com que ele fortaleça seus vínculos familiares. Com isso, tem a oportunidade de se reintegrar à sociedade”, ressaltou o chefe da Divisão de Produção e Desenvolvimento da Polícia Penal, Boanerges Silvestre Boeno Filho.
Esta é uma das iniciativas que a Polícia Penal oferta para que os presos se reintegrem à sociedade. Além dela, os detentos também têm a possibilidade de remição de pena pela leitura, capacitação profissional, graduação em diversos cursos, além da possibilidade de trabalhar dentro das unidades prisionais.
PROJETO
Com o programa da Ceasa recebem os alimentos processados casas-lares, casas de recuperação, hospitais, creches, asilos e famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional cadastradas pelas associações de bairro. Os alimentos selecionados são uma complementação para a refeição diária dessas pessoas.
Além de ofertar o alimento, o projeto oferece capacitação em educação alimentar para representantes das entidades beneficiadas, que deverão repassar as informações à comunidade em geral.
O diretor-presidente da Ceasa Paraná, Eder Eduardo Bublitz, afirmou que o projeto, além de evitar desperdícios, ajuda a recuperar vidas.
“O programa nasceu com o intuito de evitar desperdício de alimentos, mas a parceria com a Polícia Penal fez com que fôssemos além dos objetivos iniciais. Temos vários exemplos de trabalhadores que, após o cumprimento da pena, conseguiram a reinserção no mercado de trabalho ou conseguiram empreender graças aos cursos e capacitações que foram oferecidos”, disse.
Deixe seu comentário sobre: "Convênio entre Polícia Penal e Ceasa ajuda famílias em vulnerabilidade"