A Compagas lançou nesta semana uma nova chamada pública para receber propostas de aquisição de biometano. A iniciativa integra a estratégia da companhia de transformação da sua matriz energética, com o aumento da distribuição do biometano, uma energia limpa e 100% renovável, para atender os usuários paranaenses e expandir a sua atuação para outras regiões do Estado.
A Compagas pretende receber propostas com volumes a partir de 2 mil metros cúbicos/dia em modelo de contratação firme, ou seja, com compromisso de entrega por parte do fornecedor, e por um período mínimo de cinco anos.
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O gás natural renovável a ser recebido pela Companhia pode ser entregue aos clientes por meio da rede de distribuição, caso as usinas estejam instaladas em localidades já atendidas pela Compagas ou em municípios onde há projetos em andamento; ou por meio de transporte rodoviário, na forma comprimida (GNC) ou liquefeita (GNL), caso as usinas estejam situadas longe da rede.
Todos os pontos de recebimento do biometano prioritários estão especificados no edital. Os interessados em participar do processo têm até o dia 15 de março para enviar as propostas. As informações da chamada pública podem ser consultadas diretamente no site da Compagas.
“O Paraná tem um enorme potencial de geração de biometano e precisamos aproveitar esta riqueza para descarbonizar nossa matriz energética e melhor atender a crescente demanda de mercado”, diz o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Jr.
“Estamos finalizando as negociações para assinatura do primeiro contrato de aquisição de biometano e a previsão é que a partir de 2025 a empresa disponibilize gás natural renovável aos clientes. E para continuidade do projeto já demos início à segunda chamada pública, com a expectativa de obter propostas de novas áreas produtoras potenciais identificadas pela Companhia, como por exemplo, de aterros sanitários”, destaca.
O primeiro contrato de biometano deve ser anunciado ainda neste mês de janeiro e está ligado à área produtora na região dos Campos Gerais, próxima à rede de gás canalizado existente. “Entendemos que a integração das áreas produtoras de biometano com a nossa rede de dutos é fundamental para o desenvolvimento e para distribuição eficaz e de forma mais econômica do gás renovável no Estado”, complementa o CEO.
SUSTENTABILIDADE;
A estratégia da Compagas está alinhada à sustentabilidade, visando não apenas transformar a sua matriz energética, mas também incentivar a produção de biometano no Estado. Dados do CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis) indicam que cerca de 70% do território paranaense é propício para o desenvolvimento da produção de biogás e biometano e isso significa uma produção potencial de mais de 2 milhões de metros cúbicos/dia.
Além do agronegócio, a produção de biometano pode vir dos aterros sanitários, com aproveitamento energético a partir dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos municípios; das estações de tratamento de esgoto, com produção a partir do lodo gerado nesses locais, e das centrais de abastecimento do Estado, que geram toneladas de resíduos orgânicos todos os dias.
Ainda segundo o executivo da Compagas, a estratégia da Companhia também busca expandir a área de cobertura do gás canalizado no Interior do Estado, tanto na oferta de gás para indústrias e cooperativas quanto para a frota veicular, inclusive de transportes pesados, como caminhões e ônibus. “Esse movimento de fornecer energias limpas ao mercado, também está alinhado à nossa política de sustentabilidade e às práticas de ESG, atendendo a crescente demanda por fontes renováveis por parte dos consumidores”, completa Lamastra.
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No viés sustentabilidade, o biometano tem características imbatíveis. É vantajoso para a saúde da população, pois com uma redução de 85% na emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) e materiais particulados, colabora ativamente para um menor índice de poluição das cidades e, consequentemente para a redução de doenças cardiovasculares e para a perda de produtividade causada por esses poluentes.
Com o gás natural renovável também há uma menor emissão de dióxido de carbono (CO2), o gás que mais colabora para o efeito estufa no planeta. No setor de transportes, por exemplo, quando comparado ao diesel, as emissões chegam a ser 90% menores.
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