“Desafios do Crédito no Brasil: acesso mais fácil e custos menores”, foi o tema discutido no Fórum de Gestão Empresarial organizado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), entidade que representa 296 associações. A abertura foi realizada pelo presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, que falou sobre o desenvolvimento socioeconômico do país, mesmo com as taxas de juros consideradas altas pelo mercado financeiro. “Nosso histórico recente nos mostra algumas soluções que não são fáceis, porém que apontam um novo caminho,mais estratégico, buscando um sistema financeiro mais estável, sólido e responsável”, considerou Campos. O evento foi realizado no Espaço UP Experience do Teatro Positivo.
O diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Wilson Bley Lipski, e o presidente da Fomento Paraná, Heraldo Alves das Neves, apresentaram as soluções de crédito a longo prazo customizadas por suas respectivas instituições, com intermediação de Vitor Tioqueta, diretor superintendente do Sebrae Paraná. O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, representando o governador Carlos Massa Ratinho Júnior, assinalou a importância do debate sobre o crédito a empreendedores no Paraná, visto que a área de comércio e serviços é a grande empregadora do Estado.
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"Precisamos de taxas de juros mais baixas, mas sabemos que Campos Neto tem pilotado nosso sistema econômico para uma aterrissagem tranquila, com controle efetivo da inflação, além de estar modernizando o sistema bancário, para que haja concorrência e o custo do crédito fique mais acessível", disse ele.
"Nosso governo tem feito o dever de casa. Somos agora a 4.a economia do país, com 5,2% de desemprego, o que significa pleno emprego, uma inflação de 3,1% e bons níveis de investimento público que têm feito o Estado prosperar. Além desses números, temos orgulho de sermos a melhor educação pública do país, com nota máxima no Ideb - e agora perseguimos ser a melhor educação da América do Sul", disse Guto Silva.
Linhas de Crédito
BRDE e Fomento Paraná formam o Sistema Paranaense de Fomento, com parcerias em programas comuns, porém, de natureza específica para concessão de crédito, de acordo com o tíquete médio da linha preterida. “O BRDE customiza o crédito para projetos que visam o desenvolvimento social e econômico, sejam eles ligados à inovação, empreendedorismo feminino, agronegócio, sempre voltados à sustentabilidade, com prazos dilatados e assertividade na análise da linha disponível”, detalhou Bley. “Nosso índice de inadimplência não chega a 1%, em razão da assertividade para o processo de crédito. No Paraná, estamos seguindo as diretrizes do governador Ratinho Júnior, a fim de tornar o crédito ágil e facilitado, para geração de empregos”, concluiu.
O BRDE trabalha com fundos nacionais e internacionais para investimentos de projetos que estejam alinhados com sustentabilidade, empreendedorismo, infraestrutura, municípios, inovação, turismo entre outros mais específicos. É o banco que faz o maior repasse de recursos para inovação no Brasil, por meio da FINEP e opera os recursos do Fundo Setorial Audiovisual (FSA) - programação específica do Fundo Nacional de Cultura (FNC).
Heraldo Neves apresentou os números e o modelo de funcionamento da instituição, por meio de parcerias para distribuir o crédito através de agentes de crédito que atuam em prefeituras, nas salas do empreendedor e agências do trabalhador e de correspondentes credenciados, marcando presença em mais de 320 municípios paranaenses.
“Por determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior a Fomento Paraná vem trabalhando em um reposicionamento estratégico, avançando com parcerias, melhorando processos e condições do crédito, procurando se situar sempre com taxas abaixo do mercado, como forma de justificar a existência da instituição, e oferecendo prazos mais elásticos de carência e de pagamento”, explicou Neves.
A Fomento Paraná conta hoje com uma carteira de quase R$ 2 bilhões em financiamentos contratados ou a contratar no âmbito do setor público e pouco mais de R$ 1,1 bilhão em recursos de fundos ou de repasses para o setor privado. A carteira de clientes envolve hoje em torno de 42 mil empreendimentos.
Além de apresentar rapidamente as linhas de crédito disponíveis para segmentos como o turismo, para projetos de inovação, e comentar o sucesso do Banco da Mulher Paranaense como política de apoio ao empreendedorismo feminino, o presidente da Fomento Paraná adiantou novidades previstas para os próximos meses. “Vamos entrar no crédito rural, para apoiar principalmente pequenos produtores e produtoras da agricultura familiar; devemos reeditar uma linha de crédito para motoristas de táxi, e lançar uma linha voltada ao segmento de pesca esportiva, para apoiar o turismo ligado aos eventos náuticos no estado”, afirmou.
O Fórum
O Fórum de Gestão Empresarial tem como objetivo promover diálogos com os líderes do Sistema Financeiro Nacional, buscando facilitar o acesso ao crédito para as empresas paranaenses e reduzir os custos envolvidos.
Também foram debatidos no painel “Desafios do Crédito no Paraná – Acesso mais fácil e custos menores”, com a participação de Márcio Gonçalves, diretor-presidente do Sicoob Central Unicoob; Alzimiro Thomé, presidente da Central Cresol Baser, e Márcio Zwierewicz, presidente da Sicredi Campos Gerais e Grande Curitiba, com mediação do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.
O evento conta com o apoio do G7, grupo que reúne as principais entidades do setor produtivo paranaense, e o patrocínio do Sicoob, Cresol, Copel, Sistema Ocepar, Sebrae, BRDE, Sistema Fecomércio, Fomento Paraná e Sicredi. E o presidente da Faciap, Fernando Moraes.
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