Na manhã desta quarta-feira (25), acontece o julgamento de Murilo Barbosa, de 32 anos, acusado de matar a própria mulher a facadas, em Sarandi, em janeiro do ano passado. Jaciara Kloger de Lima tinha 28 anos e foi morta com 25 facadas dentro da casa onde morava, no Jardim Bom Pastor.
O corpo da vítima foi encontrado pela babá da família, que estranhou o fato de Jaciara não ter ido buscar as duas filhas pequenas no horário de sempre. Segundo a perícia, Jaciara foi morta pouco antes disso.
O suspeito pelo crime era marido de Jaciara e, no dia seguinte, foi ouvido pela Polícia Civil, mas negou ter estado em Sarandi. Ele, inclusive, participou do velório da mulher ao lado de amigos e familiares dela.
No entanto, a polícia conseguiu imagens de câmeras de segurança que indicaram que ele esteve, sim, na cidade no mesmo dia do crime. Além disso, as imagens revelaram que o suspeito carregava um capacete, que foi utilizado pela vítima na saída do trabalho e encontrado na casa de Jaciara.
Entre as imagens obtidas pela polícia à época estavam cenas do suspeito no ambiente do trabalho, saindo para o intervalo da tarde com dois capacetes, um deles rosa, e voltando com apenas um, o mais escuro. O rosa ficou na casa da vítima e foi apreendido pela polícia.
Três dias após o crime, Murilo Barbosa foi preso em Nova Londrina ( a 145 quilômetros de Maringá). Em um novo depoimento aos policiais, ele confessou ao delegado de Sarandi que matou a esposa. A motivação, segundo ele, seria ciúmes.
O casal viveu dez anos juntos, mas meses antes de ser assassinada, Jaciara estaria querendo a separação. Ela, inclusive, teria alugado outra casa e estava disposta a se separar.
Apesar da confissão, o suspeito negou que tivesse premeditado o crime. Contudo, durante a investigação, a polícia encontrou um celular que pertencia à vítima. O aparelho tinha sido furtado de Jaciara e, nele, a polícia localizou mensagens escritas pelo marido, se passando pela mulher, a um dos contatos de Jaciara.
O caso comoveu Sarandi e teve grande repercussão. Nesta quarta-feira, familiares de Jaciara acompanham o desfecho do caso e aguardam por justiça.
“Nós estamos arrasados. Foi difícil no momento, está sendo difícil agora, principalmente agora que chegou o grande dia. O que a gente quer é que ele pague por tudo que ele fez, porque ela não merecia isso, ninguém passar por isso. Principalmente deixar duas crianças. Acabou com as crianças, acabou com a família de todo mundo, de todos nós. Ele não pensou em nenhum momento em nenhum de nós, nem, propriamente, nas filhas dele. Então, o que a gente quer é justiça e que ele pague o que pague o que ele fez, porque o que a gente quer é minha irmã de volta e, infelizmente, não tem”, afirma Jenailda de Lima, irmã da Jaciara.
Simone Elizandra de Lima, prima da vítima, destaca que familiares de Jaciara enfrentaram problemas de saúde após o crime. “A gente sabe que ele será condenado, só que a gente espera que ele pegue a pena máxima, que ele pague por tudo que ele causou, por tudo que ele causa, porque ele tirou a vida dela. Infelizmente, não tem volta. O pai dela está passando por problemas de saúde em consequência disso. A mãe dela passa dificuldade emocional. Imagina lidar com tudo isso e ter que cuidar das filhas? Não é nada fácil. A gente sabe como é difícil, então o mínimo que a gente espera é que a justiça seja feita, mesmo que nada mude e nada vai mudar o que aconteceu, mas, pelo menos, o sentimento vai ser de que a justiça foi feita”, desabafa.
Com informações: CBN Maringá
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