Os presos do Paraná poderão ser obrigados a pagar pelo uso da tornozeleira eletrônica. Pelo menos é o que determina projeto de lei aprovado na terça-feira em primeira discussão na Assembleia Legislativa do Paraná. O projeto precisa passar em segunda votação e ser sancionado para entrar em vigor, mas caso passe, isso significaria uma redução de custos na ordem de mais de R$ 1,3 milhão por mês ao estado. Só na região, são gastos R$ 45,5 mil mensais com manutenção desses equipamentos no monitoramento de 189 presos.
A estimativa toma como base uma população de 5,6 mil pessoas que são monitoradas pelo equipamento no estado atualmente, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (Sesp). A manutenção do equipamento, também segundo a Sesp, tem um custo mensal de R$ 241.
Na região, Apucarana concentra o maior número de presos monitorados (85), seguida de Arapongas (84) e Ivaiporã (20). Pelo projeto, de autoria dos deputados Marcio Pacheco (PPL) e Gilberto Ribeiro (PRB), o custo do uso da tornozeleira seria pago pelos usuários do equipamento, cabendo ao estado custear o equipamento apenas dos presos sem condições financeiras de arcar com os custos.
Implantado em 2014, o monitoramento por tornozeleira eletrônica é uma aposta para redução dos custos com sistema prisional. Um preso encarcerado pode custar até R$ 4 mil por mês. Por conta disso, a Sesp já confirmou, recentemente, que está elaborando um novo processo licitatório, que permitirá ampliar as tornozeleiras eletrônicas para até 12 mil.
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