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Polícia prende o 100º suspeito de assassinato em Curitiba

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba alcançou a marca de 100 suspeitos de assassinatos presos somente neste ano de 2017. É mais do que o dobro de homicidas detidos no ano passado inteiro. A marca traduz o intenso trabalho de inve

Da Redação

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Polícia prende o 100º suspeito de assassinato em Curitiba
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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2017, 15:03:00 Editado em 25.10.2017, 15:07:34
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A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba alcançou a marca de 100 suspeitos de assassinatos presos somente neste ano de 2017. É mais do que o dobro de homicidas detidos no ano passado inteiro. A marca traduz o intenso trabalho de investigação da unidade na elucidação das mortes na capital paranaense – que vem apresentando sucessivas quedas no índice de homicídios. 

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“Temos que parabenizar as equipes de investigação da DHPP que hoje comemoram a marca da prisão do 100º homicida. A investigação de homicídios exige rapidez, eficácia e muito embasamento. Podemos reputar este aumento na qualidade e eficiência do trabalho da DHPP no compartilhamento de informações com a população, inclusive através do Disque Denúncia, assim como com a Polícia Militar e o serviço reservado que auxiliam a Polícia Civil com informações que permitem chegar até os autores dos crimes. E também ao trabalho da Criminalística e do Instituto Médico Legal (IML) com informações preciosas que são compartilhadas com as equipes de investigação”, ressalta o secretário da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita. 

O delegado-geral da Polícia Civil, Julio Cezar dos Reis, parabeniza os policiais da Divisão pelos expressivos resultados. 

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“A excelência dos resultados da DHPP estão fazendo com que a estatística esteja ao nosso favor, a uma forte redução nos crimes de homicido em Curitiba e principalmente um aumento nas taxas de elucidação. Isso tem refletido certamente, inclusive com o apoio da Policia Militar , na atuação preventiva para a redução dos casos de crimes contra a vida aqui na capital. Então fica aqui meu agradecimento pelo empenho de todos os policiais liderados pelo delegado Fábio Amaro”. 

O 100º detido é um rapaz, de 19 anos. Após três meses de investigação, policiais da DHPP chegaram até ele, que é suspeito de matar um casal de irmãos em julho deste ano no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. Gilson da Silva Junior, 21 anos, e Evelin de Cássia Silva, 18, foram mortos por um motivo banal. Os irmãos passavam pela Rua Francisco Claudino Ferreira, por volta das 4 horas da manhã, quando presenciaram uma briga de trânsito após uma batida entre dois veículos. Gilson tentou interferir na confusão e acabou baleado pelo suspeito. Quando tentou socorrer o irmão, se colocando entre ele e o atirador, também atingiu a irmão. Ambos morreram no local. 

“Este número de 100 presos mostra o trabalho de excelência da delegacia. Temos uma equipe muito coesa, bastante envolvida com a missão policial. Uma equipe toda de delegados interessados e com muito respaldo da chefia traz esses resultados. Além do apoio essencial da Polícia Militar e Guarda Municipal de Curitiba”, avaliou a delegada Aline Manzatto.

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Foi ela quem prendeu o homicida número 100, que era soldado do Exercito à época do crime. Com ele a polícia encontrou um carregador de pistola calibre 380, três munições calibre 380, e uma munição calibre 357, além de três munições calibre 9 milímetros – o mesmo tipo usado para matar os irmãos. 

Além disso, a polícia apreendeu com ele, uma pequena porção de maconha e cocaína distribuída em doze buchas, balança de precisão e R$ 657 em dinheiro. Assim, além do duplo homicídio ele será indiciado por tráfico de drogas e posse ilegal de munição de uso permitido e proibido.O delegado-titular da DHPP, Fábio Amaro, cita alguns pontos relevantes para a estatística expressiva na elucidação de crimes. 

Entre eles está a integração da rede de Segurança Pública, com maior afinidade e contato com o Ministério Público, Judiciário – Primeira e Segunda Varas do Tribunal do Júri –, que são os autores envolvidos nas ações dos crimes contra a vida. Outro fator relevante é a reativação do Dique Denúncia (0800-6431-121). Essa ferramenta de trabalho propicia às equipes subsídios do que aconteceu no local de morte em áreas nas quais há dificuldade na obtenção de informações, face ao medo de represálias. 

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“O terceiro ponto é a capacitação continuada do servidor da DHPP. Com frequência ministramos cursos de padronização e técnicas nas investigações, interceptações telefônicas. Esse papel desempenhado na especialização da mão de obra também tem sido preponderante na conquista desse número que tem de ser festejado pela nossa unidade. Graças à virtude e ao empenho de toda a equipe que trabalha de forma integrada para combater esses crimes dolosos contra a vida na capital do estado”, afirmou o delegado.

Prisões
Este foi um ano marcado pela resolução de casos de grande impacto na DHPP. Alguns deles, com repercussão nacional. Foi assim com a prisão dos quatro suspeitos de envolvimento na morte do fiscal de combustíveis Fabrízzio Machado da Silva, 34 anos, na noite do dia 23 de março.

Fabrízzio era presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis e teria feito a denúncia que originou a investigação contra vários postos, entre eles os de Onildo Chaves de Córdova II, que seria, de acordo com a polícia, o mandante do crime.Um dos crimes vitimou o policial militar Marcos Rodrigues Ferreira, 40 anos. Inicialmente tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, o trabalho da DHPP apontou se tratar de um crime passional. 

O policial foi assassinado por um dos amantes da esposa dele, Karla Fernanda Menezes Ferreira. O autor do disparo foi o soldado de apenas 18 anos, Fernando Lemes.Outro caso envolvendo um policial militar teve desfecho semelhante no fim do mês de julho. Após declarar que se tratava de um suicídio do marido, a DHPP descartou essa hipótese e prendeu Franciele Carolina Moscaleski, de 26 anos, pela morte do tenente Cássio Ormond Araújo, de 33. 

Redução
Os primeiros seis meses de 2017 terminaram com uma redução expressiva do número de homicídios na cidade de Curitiba. A queda foi de 24,4% se comparado com o primeiro semestre de 2016. Foram 233 mortes no ano passado e 176 este ano – portanto, 57 assassinatos a menos. É o menor número de homicídios já registrados em Curitiba nos últimos 10 anos -- quando a Secretaria da Segurança Pública do Paraná, através da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (CAPE), iniciou a contagem.

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