Uma rotina diária intensa que começa às 6h, composta por exercícios físicos, treinamento técnico e psicológico, inclusive nos finais de semana, além de muita disciplina, é a realidade dos jovens que vão integrar a delegação brasileira no campeonato mundial de educação profissional. Eles vão disputar o WorldSkills, a maior competição de educação profissional do mundo, que este ano ocorre em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, de 15 a 18 de outubro.
Os jovens competidores brasileiros formam a equipe chamada Top One, alunos diferenciados, que foram campeões ou vice em seus estados e, no torneio nacional, obtiveram o índice para disputar as seletivas da WorldSkills.
Logo cedo, o estudante sergipano Sérgio Alves, de 19 anos, já está pronto para a primeira sessão de treinamento: 60 minutos de exercícios físicos ao ar livre. Após o café da manhã e banho, o jovem segue com os outros competidores para o centro de treinamento em Brasília, onde, com a orientação de experts – orientadores em cada uma de suas áreas de competição – realizam atividades para aprimorar suas técnicas e ampliar as chances de vitória para o Brasil.
Sérgio trancou temporariamente o curso de bacharelado em Sistema de Informação, na cidade de Estância, para estar em Brasília desde janeiro deste ano e passar pelo treinamento em um dos centros de referência montados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Para ele, o perfil competitivo e a vontade de aprender mais foi o que garantiu a sua vaga nesse grupo de elite.
O desafio de Sérgio só será conhecido no dia do Worldskills. Para ele, isso não muda muito a preparação. “Todo o treinamento te proporciona realizar as tarefas várias vezes, fazer a repetição de tarefas que acontecem verdadeiramente no quotidiano das empresas. Então, por fazer essas tarefas e cada vez melhorar o processo delas, acredito que a gente alcance o nível de perfeição na execução”, destaca.
Segundo Robert Knowles, analista de sistemas e expert na área de Sérgio, a preparação técnica do competidor segue o descritivo da ocupação do Worldskills. “Nós fazemos todo o nosso treinamento de forma que o Sérgio aprenda e desenvolva qualquer prova que possa surgir na hora, porque nossa prova é surpresa”, destaca. Para o expert, um dos maiores desafios na competição é o choque cultural.
Agência Brasil
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