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Corpo de vigilante é trocado em IML e enterrado por outra família

O direito à despedida depende agora de uma exumação para os parentes de Laércio Soares de Brito Ezequiel, de 22 anos, que faleceu após uma cirurgia no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes de Saracuruna, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (19). O sep

Da Redação

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Laércio trabalhava como agente de segurança Foto: reprodução / facebook/portal Extra
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Laércio trabalhava como agente de segurança Foto: reprodução / facebook/portal Extra
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.01.2018, 13:01:00 Editado em 22.01.2018, 13:11:31
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O direito à despedida depende agora de uma exumação para os parentes de Laércio Soares de Brito Ezequiel, de 22 anos, que faleceu após uma cirurgia no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes de Saracuruna, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (19). O sepultamento do vigilante estava programado para acontecer no sábado, no Cemitério Nossa Senhora das Graças, mais conhecido como Tanque do Anil, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, mas teve que ser cancelado após o jovem ter sido reconhecido como outra pessoa e entregue à família errada. 

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O corpo de Aluízio - único nome divulgado na nota enviada pela Polícia ao jornal - permanecia no Instituto Médico Legal (IML) de Caxias, enquanto Laércio era enterrado em seu lugar por desconhecidos na Taquara, Zona Oeste do Rio.

— (O enterro do Laércio) Estava marcado para 15h30. Mas deu 16h30 e o corpo não desceu para a capela. Minha filha foi perguntar o motivo e solicitaram minha presença. Aí falaram que tinha acontecido algo grave: havia outro corpo no necrotério e a irmã do cidadão reconheceu o meu filho como sendo ele. Então, mandaram o meu filho para a Taquara. E como o corpo desse outro morto estava em decomposição avançada (por conta da situação da morte), o caixão foi lacrado — contou o pai Laércio Gomes Ezequiel, de 63 anos.

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Troca de corpos aconteceu dentro do IML de Duque de CaxiasTroca de corpos aconteceu dentro do IML de Duque de Caxias Foto: Cléber Júnior / arquivo / Agência O Globo

O caso foi registrado na 59º DP (Duque de Caxias). Segundo informações do Departamento Geral de Polícia Técnico-Cientifico (DGPTC), "a família de Aluízio reconheceu equivocadamente o cadáver, pois o que foi enterrado pertencia à outra vítima, Laércio. Após o corpo ter sido levado pelos familiares, o servidor do IML de Caxias percebeu o erro e, de imediato, entrou em contato com a família informando o equívoco, pois o corpo de Aluízio continua no IML. O servidor informou também os familiares do corpo de Laércio, que foi enterrado por engano. O próprio servidor foi à 59ªDP para registrar o fato, mas a família de Laércio já havia realizado o registro".

Segundo o Laércio pai, o corpo do filho não foi visto por ele em momento nenhum após a morte. O jovem sofreu um acidente de moto no dia 10, em Caxias, quando se dirigia a um show no mesmo bairro. O pai contou que um carro atravessou a via em que ele estava, o atingindo, e ele foi socorrido para o Hospital de Saracuruna. O vigilante teria quebrado o fêmur e sido submetido a uma cirurgia no dia 17.

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— Minha esposa foi lá no mesmo dia, eu fui no dia seguinte e ele estava bem. Na sexta-feira, dia 19, ligaram pedindo para comparecer ao hospital. Lógico que sabíamos que não era para dar uma notícia boa. Falaram que meu filho tinha falecido por embolia pulmonar e que o corpo já estava no necrotério. Me deram o telefone de lá para fazer a declaração de óbito e marquei para a manhã de sábado. Fiz a declaração, depois fomos à funerária e marcamos o enterro para a tarde do mesmo dia. Em nenhum momento eu vi o corpo dele — disse o pai.

Como grande parte da família de Laércio mora em Macaé, quem veio para o enterro permaneceu na Baixada Fluminense durante o dia de domingo, com esperanças de que o problema fosse solucionado rapidamente. Mas o processo não é simples. Segundo a Polícia Civil, "as investigações estão em andamento na 59 DP (Duque de Caxias) para apurar os fatos. Os familiares envolvidos no caso já foram ouvidos na unidade policial. Nesta segunda-feira será ouvido o funcionário do IML de Caxias. Após colhida todas as provas, a autoridade policial representará ao juizado competente à exumação do cadáver".

— A mãe dele está arrasada. Deita, acorda, dorme. Está a base de remédios —contou o pai.

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A Secretaria Estadual de Saúde informou que em casos de morte violenta, como foi a do Laércio, o procedimento de enviar o corpo para o IML é o padrão.

Fonte: portal Extra

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