A Secretaria de Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), está realizando um trabalho com os portadores da Hepatite tipo C. Até o dia 30 de setembro pacientes do ambulatório de hepatites de Maringá e da região utilizarão um novo equipamento para a avaliação de fibrose hepática, o Fibroscan.
Semelhante a um aparelho de ultrassonografia, o Fibroscan faz a medição de ondas emitidas entre dois pontos do fígado, avaliando o grau de fibrose do órgão. Esse procedimento evita que o paciente tenha que passar por uma biópsia invasiva, com a inserção de agulha e a retirada de pequenos pedaços do fígado para análise.
O aparelho, disponibilizado pela SBH, passa por todo o Brasil realizando os exames. No Paraná as bases de atendimentos serão Curitiba, para as regiões leste e sul, e em Maringá, para todo norte e oeste do Estado. A realização do exame em Maringá é possível pois a Sociedade de Hepatologia realizou um treinamento para dois profissionais para operarem o equipamento.
Aline Satie Oba, hepatologista do ambulatório de hepatites de Maringá, foi escolhida para realizar o treinamento e operar o Fibroscan nos exames realizados na região. Profissional experiente e conceituada pela Sociedade Brasileira de Hepatologia, Aline já realizou mais de 100 exames no período de 9 dias, atendendo pacientes de Maringá, Paranavaí, Cambé, Campo Mourão, entre outros 32 municípios.
A secretária de Saúde, Carmen Inocente, se mostra muito satisfeita com o ganho do paciente com o projeto. “Com o Fribroscan o paciente se livra dos riscos de uma biópsia e sai do consultório com o resultado nas mãos, pronto para continuar seu tratamento. É um grande avanço”, explica.
A hepatite C é causada pelo vírus VHC transmitido principalmente por sangue contaminado. A infecção pode também ser transmitida pelo contato sexual e por via perinatal (da mãe para filho) sobretudo durante a gravidez e o parto. Outras formas de contaminação são pelo compartilhamento de seringas, agulhas ou de instrumentos para manicure, pedicure, tatuagem e colocação de piercing. Na maior parte dos casos, a doença é assintomática.
Nos casos agudos da doença, que antecede a forma crônica, os sintomas podem ser mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada (icterícia), dores musculares, perda de peso e muito cansaço. Ascite (barriga d′água) e confusão mental podem ser sinais de que a doença atingiu estágios mais avançados. Em geral, a maioria dos portadores só percebe que está doente anos após o contato com o vírus, quando apresenta um quadro grave de hepatite crônica com risco de desenvolver complicações, como cirrose, câncer no fígado e insuficiência hepática.
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