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Maringaense vai a vilas do Nepal para documentar reconstrução do país

Como falar sobre gente em um país coberto por escombros, reconstruções, vacas sem dono, luto? De que jeito pedir licença para bater uma foto de rostos que, há menos de três meses, inevitavelmente expressavam medo e desamparo? O fotógrafo paranaense Rafael

Da Redação

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Menino nepalês faz saudação 'namastê', reverência típica (Foto: Rafael Saes/Divulgação)
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Menino nepalês faz saudação 'namastê', reverência típica (Foto: Rafael Saes/Divulgação)
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.07.2015, 10:13:00 Editado em 27.04.2020, 19:58:15
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Como falar sobre gente em um país coberto por escombros, reconstruções, vacas sem dono, luto? De que jeito pedir licença para bater uma foto de rostos que, há menos de três meses, inevitavelmente expressavam medo e desamparo? O fotógrafo paranaense Rafael Saes, de 28 anos, aceitou o desafio de retratar como os moradores do Nepal, país atingido por umdevastador terremoto em 25 de abril, tentam se reerguer.

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Os tremores deixaram mais de 8,5 mil pessoas mortas e outras milhares feridas, de acordo com as autoridades locais. É o desastre mais fatal registrado no país. Muito das ruínas, relata o documentarista, ainda está empilhado pelas ruas.

A viagem do brasileiro durou 12 dias (veja vídeo dos bastidores). Atrás de quem sofreu com a tragédia, ele caminhou pela capital, Catmandu, e por vilarejos, enfiados aos pés da Cordilheira do Himalaia. Precisou da ajuda de um nepalês para se comunicar e entender o cotidiano dos locais. A ideia era, segundo ele, imergir no universo daquele povo, antes de fazer as fotos. 

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 "Para fazer as fotos, eu convivia com as pessoas antes. Um ponto chave é que um nativo, de confiança deles, estava nos guiando, traduzia tudo na língua deles. Sem ele, ficaria muito difícil. Mesmo assim, víamos olhares receosos, crianças assustadas. Tinha gente lá que havia visto "gente branca" duas, três vezes", conta Saes sobre um dos vilarejos que visitou. 

O nativo era Pemba Sherpa, montanhista e guia turístico renomado pelo seu conhecimento sobre o Monte Everest, cujo pico ele já alcançou várias vezes. Ao paranaense, o nepalês contou que era a primeira vez que um brasileiro pisava na vila em que nasceu, chamada Patle. O local só é acessível depois de vencidos 200 quilômetros de estrada com chão ruim e mais 60 quilômetros de trilha, a pé.

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