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CMTU se prepara para a volta dos sacos verdes na coleta seletiva

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU-LD) publicou o aviso de licitação para a compra de 10,6 milhões de sacos verdes para a coleta seletiva. Os fornecedores interessados em participar da concorrência têm até as 8h30 do dia 7 d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.09.2015, 09:26:00 Editado em 27.04.2020, 19:56:17
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A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU-LD) publicou o aviso de licitação para a compra de 10,6 milhões de sacos verdes para a coleta seletiva. Os fornecedores interessados em participar da concorrência têm até as 8h30 do dia 7 de outubro para protocolar a proposta na CMTU. A abertura dos envelopes será no mesmo dia, às 9h, e a empresa vencedora será àquela com o menor preço unitário oferecido, dentro dos critérios exigidos (caso não haja contestação de um ou mais participantes).

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Confira o edital: Pregão Presencial Previsão No total, a Companhia calcula pagar até R$ 2.737.980,00 pelas embalagens, as quais deverão ser entregues pela empresa vencedora da licitação em pacotes com 100 unidades. O valor máximo está estimado em R$ 25,83 o cento, ou seja, R$ 0,25 por saco verde. O contrato terá validade de 12 meses. 

A expectativa da Companhia é implantar os sacos verdes num período de 30 dias, na sequência do acordo firmado. A distribuição das embalagens será feita para as cooperativas, as quais terão esse papel, de entrega e orientações para a população, com incentivo ao uso correto dos sacos verdes. Logística De acordo com Mauro Andrade, diretor de Operações da CMTU, a entrega nos bairros ocorrerá uma vez por semana. Londrina conta com 220 mil domicílios atendidos, aproximadamente, e a previsão é que cerca de 880 mil sacos plásticos sejam distribuídos aos moradores, todos os meses. 

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O diretor esclarece que o repasse às cooperativas será organizado conforme a área de abrangência de cada uma delas. “Entregaremos material suficiente para 4 semanas, equivalente ao número de residências atendidas. Para otimizar o sistema e economizar recursos, vamos gerenciar o processo, cuidando para que não haja falta ou excesso de embalagens nas casas. Os condomínios verticais, por exemplo, receberão o número de sacos necessários para o volume coletado e não 1 saco para cada apartamento, pois os moradores já descartam o material, separadamente, nas estruturas fornecidas pelo edifício”, explica.

Fiscalização Além do controle sobre a distribuição, a oferta dos sacos verdes passará por avaliações periódicas, para que a CMTU acompanhe como está o aproveitamento pela população. “A intenção é que nos primeiros 90 dias a gente faça um balanço dos resultados, observando se as embalagens estão sendo dadas aos moradores corretamente e se há aumento expressivo na separação do reciclado, com a participação da comunidade”, salienta Liege Vieira, coordenadora de coleta seletiva da CMTU. Campanhas ambientais A CMTU iniciará um trabalho educativo porta a porta no retorno dos sacos verdes.

A proposta é distribuir informativos personalizados, sobre a separação dos resíduos, dia e hora da coleta por rua e bairro, de forma que a população contribuía e participe da logística, evitando que os sacos fiquem por muito tempo nas calçadas. “Além de promover o acondicionamento adequado dos resíduos, o saco verde servirá como lembrete à população, alertando sobre a importância da reciclagem em “n” fatores. Insistiremos nesse processo de mudança de comportamento, não apenas com os sacos, mas com materiais diversos e orientações por meio dos catadores”, conta Mauro. Para Liege, o saco verde tornou-se “símbolo” da coleta seletiva em Londrina e tem como principal função a educação ambiental.

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Porém, se hoje a separação utiliza esse recurso e amanhã outro, como caixas de papelão, ou outros materiais, o mais importante é fortalecer a cultura da reciclagem. “A população se identificou com o saco verde e ele ajudou a estreitar a relação entre morador e catador, gerando um compromisso mútuo. Num dia a pessoa recebe o produto e na semana seguinte, entrega o saco com os reciclados. Porém, precisaremos avançar na conscientização”, diz. 

A CMTU aposta que a medida vai facilitar o processo como um todo: separação, coleta, destinação adequada e gerenciamento na Central de Tratamentos de Resíduos (CTR), já que muitos reciclados deixarão de ir, incorretamente, para lá. Contudo, é o engajamento da sociedade que fará diferença, efetivamente. “Não se pode misturar comida, ração animal, lixo de banheiro ou outros com o reciclado. Isso inviabiliza a coleta seletiva e faz com que todo o material “se perca”. 

Além disso, é uma questão de respeito com o catador. Também deveremos ter mais atenção com os dias e horários da coleta em nossas casas, para que o saco não fique na calçada um dia inteiro, sendo alvo de animais ou mesmo da coleta por clandestinos”, orienta o diretor. Atualmente, Londrina recicla mais de 8% dos resíduos que produz. Mesmo assim, muitos itens que poderiam retornar à cadeia produtiva acabam indo parar na CTR, por serem misturados com o lixo orgânico e o rejeito. 

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“O retorno do saco verde é um incentivo a mais. Quem não participa da separação correta no momento, pode ficar motivado (ou mesmo incomodado) ao perceber que os vizinhos estão colaborando e o quanto é importante aderir, não apenas pela ótica ambiental, mas pela geração de renda aos catadores. Estamos otimistas de que o londrinense se envolva nessa campanha, para que cidade cresça e continue a ocupar posição de destaque no gerenciamento de resíduos sólidos”, incentiva Andrade. 

No final do ano passado, o Município conquistou o prêmio nacional “Cidade Pró-Catador” (categoria para cidades com mais de 300 mil habitantes), superando Aracaju (SE) e Porto Alegre (RS). A premiação é uma iniciativa do Governo Federal para reconhecer as políticas públicas voltadas à promoção da cidadania e das pessoas que lidam com a reciclagem.   

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