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Empresa que ajudou Trump roubou dados de 50 mi perfis do Facebook

A Cambridge Analytics, que participou da campanha de Donald Trump, obteve dados sigilosos de 50 milhões de usuários do Facebook e usou as informações para ajudar a eleger o presidente americano em 2016. Com a revelação do caso, a empresa desistiu de atua

Da Redação

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Empresa que ajudou Trump roubou dados de 50 mi perfis do Facebook
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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.03.2018, 14:50:00 Editado em 17.03.2018, 19:41:22
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A Cambridge Analytics, que participou da campanha de Donald Trump, obteve dados sigilosos de 50 milhões de usuários do Facebook e usou as informações para ajudar a eleger o presidente americano em 2016.

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Com a revelação do caso, a empresa desistiu de atuar no Brasil -ela abriu um escritório em São Paulo em dezembro de 2017.

A informação sobre o vazamento foi divulgada neste sábado (17) pelo jornal americano The New York Times e pelo britânico The Observer e confirmada pela própria rede social, que disse ter banido os envolvidos. A revelação joga luz no papel da Cambridge Analytics na eleição de Trump e aumenta o questionamento sobre a privacidade dos dados no Facebook.

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Um ex-funcionário da Cambridge Analytics, Christopher Wylie, revelou aos dois jornais os detalhes do esquema, que funcionou entre 2014 e 2015.

A empresa ganhou fama durante a eleição americana por ser pioneira no uso de psicologia comportamental com base em grandes bases de dados em campanhas políticas. Ela faz parte da consultoria britânica SCL e tem como sócio o bilionário Robert Mercer, apoiador de Trump.

Na época do vazamento, em 2014, a Cambridge Analytics tinha como vice-presidente Steve Bannon, que depois comandaria a campanha de Trump e se tornaria seu assessor na Casa Branca.

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O roubo dos dados foi feito através do aplicativo thisisyourdigitallife, que pertence à GSR, empresa do russo-americano Aleksandr Kogan, pesquisador da Universidade de Cambridge.

O app pagava usuários para responderem uma série de perguntas e, em troca, a pessoa consentia que o programa tivesse acesso às suas informações no Facebook, como localização e "likes" --cerca de 270 mil pessoas aceitaram disponibilizar seus dados dessa forma.

O aplicativo, porém, não avisava que além dos dados dos usuários, também captava as informações de todos os amigos, chegando ao total de 50 milhões de pessoas.

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Esses dados foram vendidos pela GSR para a Cambridge Analytics.

Segundo a publicação americana, os dados permitiram traçar o perfil psicológico de 30 milhões de eleitores. Além da eleição americana, a mesma técnica teria sido usada para ajudar a campanha para a saída do Reino Unido da União Europeia.

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As regras do Facebook permitem que um aplicativo capte os dados de outras pessoas, mas apenas se eles forem usados para fins de pesquisa ou para melhorar a experiência do usuário --é proibida tanto a venda quanto o repasse a outros.

A própria rede social disse que soube do vazamento em 2015 e culpou Kogan por não seguir as regras. O Facebook afirmou que na ocasião retirou o aplicativo do ar e pediu que todos que tivessem os dados apagassem as informações obtidas, incluindo a Cambridge Analytics, que teria concordado com o pedido.

A empresa não comunicou o vazamento das informações às autoridades e não avisou os usuários de que os dados tinham sido roubados. Nesta sexta (16), após ser questionado pelo The New York Times sobre o caso, o Facebook anunciou a suspensão das contas da Cambridge Analytics e da SCL.

BRASIL

Por causa do escândalo nos EUA, o braço brasileiro da Cambridge Analytics disse neste sábado (17) que decidiu cancelar a parceria com a empresa.

O grupo estrangeiro atuava no país por meio da consultoria A Ponte, do publicitário André Torretta. Com o convênio, a agência passou a se chamar CA-Ponte. "É importante dizer que os fatos não aconteceram no Brasil. No entanto, A Ponte decidiu não renovar a parceria com a CA, até que tudo seja esclarecido", afirmou em nota o escritório local.

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