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Trump demite Rex Tillerson, e diretor da CIA será novo secretário de Estado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente dos EUA, Donald Trump, demitiu nesta terça (13) o secretário de Estado, Rex Tillerson, e o substituiu pelo diretor da CIA, Mike Pompeo -cuja nomeação ainda precisa passar pelo crivo do Senado. A decisão foi anunci

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.03.2018, 21:25:00 Editado em 13.03.2018, 21:25:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente dos EUA, Donald Trump, demitiu nesta terça (13) o secretário de Estado, Rex Tillerson, e o substituiu pelo diretor da CIA, Mike Pompeo -cuja nomeação ainda precisa passar pelo crivo do Senado. A decisão foi anunciada pelo republicano em uma rede social.

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Trump pediu na sexta (9) que Tillerson deixasse o posto; o secretário, que estava em viagem à África, voltou mais cedo a Washington.

Em pronunciamento à imprensa na terça, Tillerson disse que ficará no cargo até o próximo dia 31; depois disso, retornará ao setor privado.

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A troca de guarda acontece no momento em que o governo Trump ensaia um encontro com a Coreia do Norte para discutir o possível fim do programa nuclear da ditadura de Pyongyang e impõe tarifas sobre importações de aço e alumínio.

A distância entre o mandatário e seu subordinado, que já era conhecida ("formas diferentes de pensar", na fórmula usada pelo chefe na terça), ficou ainda mais evidente quando, no último dia 8, Trump aceitou o convite para se reunir com Kim Jong-un sem consultar Tillerson.

Com a ida de Pompeo para o Departamento de Estado, é esperado que Gina Haspel o substitua no comando da CIA --seria a primeira mulher a comandar a agência.

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Trata-se de uma "oficial clandestina" (espiã) veterana da CIA apoiada por muitos na comunidade de inteligência, mas vista com reservas em círculos do Congresso pelo envolvimento com os chamados "black sites" (prisões secretas pelo mundo). Métodos de tortura como simulação de afogamento e privação de sono eram usados nesses locais para interrogar suspeitos.

A indicação de Pompeo para a chefia da diplomacia também foi recebida de maneira heterogênea nos corredores do Legislativo. Enquanto alguns avaliaram que o novo titular adotaria posição mais rígida do que a de Tillerson em relação à Rússia, outros temiam pela sobrevida do acordo nuclear do Irã.

Em comunicado, Trump elogiou Pompeo e Haspel, chamando a indicação dela de "passo histórico".

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RELAÇÃO CONTURBADA

Não faltaram episódios de desentendimento entre o republicano e seu secretário nos 14 meses de trabalho deste --o chefe, para começo de conversa, considerava Tillerson muito ligado ao "establishment".

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Apesar da animosidade entre os dois e dos insistentes rumores sobre sua demissão, o titular da diplomacia americana vinha resistindo em sair do posto.

Em outubro, o canal NBC noticiou que Tillerson havia chamado Trump de "idiota" durante uma reunião, o que o secretário nunca negou categoricamente.

Ex-presidente da petroleira ExxonMobil, não tinha experiência política ou diplomática antes de entrar para o governo Trump.

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As divergências entre ele e o republicano iam desde a condução das relações com a Rússia até a retórica inflamada com que a Casa Branca respondia às provocações da Coreia do Norte.

Na segunda (12), Tillerson criticou a Rússia pelo envenenamento de um ex-espião e de sua filha no Reino Unido, culpando diretamente Moscou pelo incidente, enquanto a porta-voz Sarah Sanders foi bem menos incisiva.

VENEZUELA

Em fevereiro deste ano, o agora ex-secretário fez uma viagem pela América Latina, onde visitou Colômbia, Argentina e Peru, mas não o Brasil. Logo antes do tour, causou polêmica ao sugerir de forma velada um golpe militar na Venezuela.

Ele afirmou que, embora os Estados Unidos não estivessem estimulando uma "mudança de regime" no país, o "mais fácil" seria se o ditador Nicolás Maduro deixasse o poder.

"Na história da Venezuela e dos países sul-americanos, às vezes os militares são o agente da mudança quando as coisas estão tão ruins e a liderança não serve ao povo", disse, em conferência na Universidade do Texas em Austin, aludindo aos golpes de Estado que ocorreram na região na segunda metade do século 20.

Mas ponderou: "Se esse é o caso aqui, eu não sei".

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