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Madrasta confessa morte de menino desaparecido havia 2 semanas na Espanha 

DIOGO BERCITO MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - O espanhol Gabriel Cruz, de oito anos de idade, deixou a casa de sua avó em 27 de fevereiro para brincar com os primos a cem metros dali. Ele desapareceu durante o trajeto. Seu funeral nesta terça-feira (13) reu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.03.2018, 17:05:00 Editado em 13.03.2018, 17:05:12
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DIOGO BERCITO

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MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - O espanhol Gabriel Cruz, de oito anos de idade, deixou a casa de sua avó em 27 de fevereiro para brincar com os primos a cem metros dali. Ele desapareceu durante o trajeto.

Seu funeral nesta terça-feira (13) reuniu quase 3.000 pessoas, entre elas a vice-primeira-ministra, Soraya Sáenz de Santamaría, marcando um dos crimes mais emblemáticos dos últimos anos na Espanha.

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No mesmo dia, Ana Julia Quezada, 43, confessou ter matado Gabriel. Única suspeita, ela disse que o menino tentou atacá-la depois de entrar voluntariamente em seu carro e que se defendeu: primeiro com um golpe de machadinha, depois o asfixiando.

Nascida na República Dominicana e morando na Espanha desde os 21 anos, Quezada era a namorada de Ángel Cruz, pai do menino morto. Testemunhas dizem que a madrasta tinha ciúmes da relação entre o pai e o filho e que por isso tratava mal Gabriel. Ela também se ressentia de que o menino fosse o motivo dos contatos frequentes entre o pai dele e a ex-mulher.

Quezada vinha cooperando ativamente com a polícia desde o início das investigações. Por ser demasiado prestativa e por ter reações extremas, no entanto, os investigadores passaram a suspeitar de que ela estivesse envolvida.

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Outra razão para a desconfiança da polícia era que a própria filha de Quezada havia morrido em 1996 em circunstâncias não esclarecidas -- naquele ano, a menina caiu do sétimo andar de um edifício. Em choque, à época a mãe não prestou depoimento.

O fato de a suspeita ser a madrasta da vítima e a queda de sua própria filha de uma janela são dois elementos que remetem ao caso brasileiro de Isabella Nardoni, que completa dez anos.

BARRO E LÁGRIMAS

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Seguida pela polícia, Quezada foi flagrada retirando o corpo de Gabriel de um depósito de água de sua propriedade e o transportando no porta-malas do carro. Até então, a polícia imaginava que o menino estivesse vivo e que ela quisesse pedir resgate. Foi sua a ideia de que os pais oferecessem recompensa por informações na televisão.

Ao descobrir o cadáver, diz o jornal espanhol El Mundo, os agentes choraram. Ele estava coberto por uma manta e sujo de barro.

As autoridades trabalham por enquanto com a hipótese de que Quezada tenha agido sozinha no caso de Gabriel, sem o conhecimento do pai da vítima ou sua participação. Ela voltou à cena do crime com os investigadores e deve fazê-lo outra vez nos próximos dias.

A mãe de Gabriel, Patricia Ramírez, homenageou o menino no funeral com a música "Girasoles", da cantora espanhola Rozalén -- a última que eles dançaram juntos, disse. "Ele está em algum lugar e a bruxa má da história já não existe mais."

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