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Febre amarela deixou de ser surto e veio para ficar, diz governo de SP

ANGELA PINHO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A febre amarela deixou de ser uma doença que aparece em surtos periódicos e veio para ficar, avalia o coordenador de doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos. Historicamente, o vírus res

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.03.2018, 20:40:00 Editado em 05.03.2018, 20:40:11
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ANGELA PINHO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A febre amarela deixou de ser uma doença que aparece em surtos periódicos e veio para ficar, avalia o coordenador de doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.

Historicamente, o vírus ressurgia com mais força em picos com um intervalo de cinco a oito anos entre um e outro. Os pacientes eram infectados principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.

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Desde o ano 2000, no entanto, a doença avança em direção ao litoral, até ser detectada, em 2017, em áreas de mata da capital paulista.

Além da distribuição geográfica, outra novidade é a ocorrência contínua de casos, com morte de animais pela doença desde 2016, e até no inverno, o que não era usual.

Esse fator levou o coordenador de Doenças da secretaria paulista a avaliar que a doença veio para ficar. Segundo ele, provavelmente os picos continuarão a ser no verão, mas haverá registros em outras épocas do ano.

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Diante do atual cenário, o governo do estado decidiu vacinar toda a população. Segundo o secretário David Uip, titular da Saúde do governo Geraldo Alckmin (PSDB), o prazo ainda será definido.

Após avançar pelo norte da região metropolitana, a doença já chegou ao litoral paulista, com um caso humano em Itanhaém, e ao Vale do Ribeira, com um macaco infectado na cidade de Pedro de Toledo.

Para isso, porém, será preciso driblar a procura abaixo da esperada pela imunização. Segundo boletim divulgado na última sexta-feira (2) pela secretaria, a atual campanha, que já foi prorrogada, vacinou 50,3% do público-alvo.

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Na cidade de São Paulo, que está na segunda fase da campanha de vacinação, dividida por regiões, esse índice está em 62%.

A expectativa é que a quarta e última etapa da atual mobilização seja concluída em maio, e, a partir de junho, a estratégia deve mudar.

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Serão pequenos lotes de vacina em todas as unidades de saúde, e não um quantitativo maior concentrado em determinadas regiões, mediante distribuição de senhas.

O estado de São Paulo registrou 286 casos autóctones (contraídos no local) de febre amarela desde 2017, sendo que 102 resultaram em morte.

As cidades com maior número de casos são Mairiporã (133 casos e 39 óbitos) e Atibaia (49 casos e 14 óbitos). A capital paulista contabiliza oito casos e quatro mortes provocadas pela febre amarela.

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REAÇÕES À VACINA

O médico Éder Gatti, do Centro de Vigilância Epidemiológica, apresentou nesta segunda os dados de efeitos adversos de vacinação.

Os mais comuns foram os casos de meningite e meningoencefalite. Foram 68 neste ano no estado, em um total de quase 6 milhões de doses aplicadas. A maioria dos pacientes se recuperou em alguns dias, disse Gatti.

Já os casos de doença viscerotrópica aguda, que é uma espécie de febre amarela acusada pela vacina, foram três em 2017 --os registros de 2018 estão sob investigação. Isso dá uma incidência de 1 em cada 970 mil doses, índice previsto na literatura médica.

"Muito mais gente teria morrido se não tivesse sido vacinada", disse Gatti.

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