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Mesmo com cerimônia mais ágil, audiência do Oscar despenca nos EUA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O espetáculo inteiro levou cerca de 3 horas e 40 minutos -um recorde de velocidade, se lembrarmos que já houve edições que ultrapassaram as quatro horas de duração. Os troféus honorários e os que premiam inovações técnicas, qu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.03.2018, 17:55:00 Editado em 05.03.2018, 17:55:10
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O espetáculo inteiro levou cerca de 3 horas e 40 minutos -um recorde de velocidade, se lembrarmos que já houve edições que ultrapassaram as quatro horas de duração.

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Os troféus honorários e os que premiam inovações técnicas, que já vinham sendo entregues em cerimônias separadas, desta vez não mereceram sequer uma menção.

Para incentivar os discursos curtos, um jet ski de US$ 18 mil foi oferecido ao premiado que levasse menos tempo em seus agradecimentos (o brinde saiu para o figurinista Mark Bridges, de "Trama Fantasma").

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Também maneiraram nas montagens e na duração dos números musicais. Além disso, os nove títulos indicados a melhor filme não ganharam apresentações individuais. 

Nada disso adiantou. Segundo os números preliminares, a audiência da cerimônia de entrega do Oscar de 2018 nos Estados Unidos diminuiu 16% em relação ao ano passado. Já se comenta que, quando chegarem os dados finais, essa terá sido a festa menos assistida de todos os tempos.

Não é de hoje que a transmissão do Oscar está em crise. Depois do recorde positivo de 1998, quando "Titanic" levou 11 estatuetas, o público nos EUA vem caindo quase todo ano.

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Isso é grave para a Academia de Hollywood, porque a venda dos direitos de exibição para a rede ABC é a sua principal fonte de renda.

Com menos audiência, o preço das inserções comerciais também cai. E o valor da transmissão também pode despencar na próxima renovação de contrato.

Cientes disso, os produtores da cerimônia já tentaram de tudo. A mudança mais radical foi a ampliação do número de indicados a melhor filme, que até 2009 eram apenas cinco. Hoje pode ser qualquer número entre cinco e dez, teoricamente para dar mais chance a filmes de grande bilheteria.

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Só que, desde então, nenhum "blockbuster" conseguiu a indicação. Os finalistas costumam ser filmes independentes, de baixo orçamento e, várias vezes, baixo apelo popular.

O que fazer, então? Encurtar a cerimônia ainda mais, para atrair os não cinéfilos? Mas aí, os cinéfilos de raiz é que vão chiar.

Além do mais, se a Academia esconder as categorias mais obscuras, como curtas-metragens e documentários, ela estará traindo seu propósito maior, que é promover a arte cinematográfica como um todo. É um dilema difícil de resolver. Talvez o conceito todo da cerimônia precise ser repensado. Afinal, o modelo atual é o mesmo desde a década de 1950.

Mas vou arriscar uma previsão: aumentaram muito as chances de "Pantera Negra" ser indicado ao próximo Oscar.

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