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Regime adia eleição presidencial na Venezuela para 20 de maio

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), dominado por aliados do regime de Nicolás Maduro, adiou nesta quinta-feira (1º) para 20 de maio a data da eleição presidencial em que o ditador tentará se manter no cargo. A es

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.03.2018, 21:20:00 Editado em 01.03.2018, 21:20:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), dominado por aliados do regime de Nicolás Maduro, adiou nesta quinta-feira (1º) para 20 de maio a data da eleição presidencial em que o ditador tentará se manter no cargo.

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A escolha do novo mandatário, inicialmente marcada para 22 de abril, coincidirá com a dos membros da Assembleia Nacional e das Câmaras estaduais e municipais. No caso do Legislativo nacional, hoje controlado pela oposição, a votação foi antecipada em dois anos.

Segundo a presidente do CNE, Tibisay Lucena, o adiamento ocorreu após um acordo com os partidos que se inscreveram para a disputa.

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Entre eles estão as siglas da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) que apoiam o ex-chavista Henri Falcón, único dirigente da frente a concorrer.

Lucena disse que, com o pacto, "ratifica-se que na Venezuela nossos líderes e representantes são eleitos com as mais amplas garantias constitucionais e democráticas".

As decisões se basearam, de acordo com o CNE, no documento saído das negociações com a MUD na República Dominicana, suspensas em 7 de fevereiro. O regime adotou o texto final, embora a oposição tenha se recusado a assinar pela falta de garantias para a lisura do pleito.

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O órgão prorrogou até sexta (2) o prazo de inscrição de presidenciáveis e até o dia 10 o registro eleitoral. Também manteve as seções dos votantes já inscritos como eram antes da eleição de 2015 para a Assembleia Nacional.

A alteração dos locais de votação era uma das principais reivindicações da MUD. Na escolha dos governadores, em outubro, o CNE mudou os centros dias antes da abertura das urnas, principalmente em redutos antichavistas. Esse foi, para a coalizão opositora, um dos motivos para a derrota da maioria de seus candidatos.

Em outros itens, porém, há incertezas. No caso do registro de eleitores no exterior, só havia sido permitida a inscrição dos residentes permanentes, impedindo o voto dos recém-emigrados pela crise.

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Isso fez com que, dos 3 milhões de emigrantes venezuelanos em todo o mundo, cerca de 100 mil estejam inscritos. Só em 2017 mais de 700 mil chegaram à Colômbia.

Também está indefinida a observação eleitoral internacional. Lucena informou que Maduro pedirá ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que envie uma missão.

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No entanto, não se sabe quando os monitores poderão entrar. Nas últimas votações, o regime só autorizou o ingresso dos estrangeiros dias antes da ida às urnas, impossibilitando uma missão que englobe todos os aspectos técnicos.

BOICOTE

A falta de garantias fez com que a MUD mantivesse o boicote anunciado em fevereiro.

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"Sob essas circunstâncias quem se candidatar não pode ser considerado oposição. Não contribuímos com essa farsa", disse Juan Pablo Guanipa, dirigente do Primeiro Justiça (centro-direita), principal partido da coalizão, que teve o registro cassado pelo CNE.

A sigla e os outros três grandes partidos da coalizão --Ação Democrática (centro), Vontade Popular (direita) e Um Novo Tempo (centro)-- defenderam a expulsão de Henri Falcón e de seu partido, o Avanço Progressista (centro-esquerda), da coalizão.

O secretário-geral do último, Luis Romero, rebateu a crítica dos ex-aliados: "Só tenho a dizer que é muito difícil nos expulsarem de algo que há tempos deixou de existir."

Além de Maduro e Falcón, estão inscritos o chavista dissidente Reinaldo Quijada e o pastor Javier Bertucci.

A lisura do pleito também é questionada por EUA e União Europeia, que ameaçam com novas sanções, e por países latino-americanos.

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