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Em fala ao Congresso, Macri diz não haver atalhos para melhora econômica

SYLVIA COLOMBO BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O presidente argentino, Mauricio Macri, abriu o ano de atividades do Congresso nesta quinta (1º) com um discurso conciliador, em que abordou de modo cauteloso as reformas, justificou o gradualismo dos

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.03.2018, 14:20:00 Editado em 01.03.2018, 14:20:10
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SYLVIA COLOMBO

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O presidente argentino, Mauricio Macri, abriu o ano de atividades do Congresso nesta quinta (1º) com um discurso conciliador, em que abordou de modo cauteloso as reformas, justificou o gradualismo dos aumentos de tarifas e a retirada de subsídios e agradeceu a paciência dos que entendem "que as melhoras econômicas tomam tempo, e que não há atalhos".

Sobre o tema mais polêmico da semana, desatado pelo próprio presidente na última sexta-feira (23) ao pedir que o Congresso avançasse nas discussões sobre um projeto de lei acerca do aborto, disse: "Vocês sabem que sempre fui a favor da vida, mas não posso me esquivar de estimular que tenhamos um debate responsável com relação a esse tema tão sensível e que precisa ser abordado".

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O discurso durou 42 minutos e, apesar de moderado, foi bastante aplaudido. Diferentemente do que se viu nos dois anteriores (este é o terceiro ano de mandato de Macri), não houve interrupções com insultos nem vaias da bancada oposicionista. O máximo de discordância foi a exibição de alguns cartazes por parte de deputados de esquerda e do kirchnerismo contra a inflação e outros temas pontuais.

O tom contido, com a intenção de não causar maiores fricções com setores que estão descontentes com a situação econômica, foi uma recomendação de seu guru de imagem, o equatoriano Jaime Durán Barba, que vem estimulando que Macri faça gestos conciliatórios às bancadas rivais, à centro-esquerda e à sociedade. Isso por conta da queda de popularidade que vem sendo registrada em diversas pesquisas.

O discurso começou, por exemplo, com uma homenagem às vítimas do desaparecimento do submarino ARA San Juan, em novembro passado. "Não vamos deixar de buscá-lo, e este é meu compromisso com os familiares das vítimas."

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ECONOMIA

Sobre a política econômica, o presidente disse estar confiante de que a inflação se acomode na meta estipulada pelo governo -ou seja, caia dos 24% com que fechou 2017 para os 15% previstos pela equipe econômica.

Acrescentou que vem recebendo críticas de dois lados.

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"Em um, estão os que gostariam de uma política de ajuste de choque, repentina, aumentando preços de uma só vez. Mas eu fui eleito com a responsabilidade de acabar com a pobreza, e essa medida teria impacto negativo nas cifras atuais", afirmou. A pobreza argentina é estimada em 30%, segundo dados oficiais.

"Por outro lado", seguiu o presidente, "estão os que acham que os ajustes não devem ser feitos de modo algum. Mas se não fizermos nada, corremos o risco de ir pelo caminho de um país irmão que vem em decomposição", disse, referindo-se à Venezuela, porém sem mencioná-la diretamente.

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Afirmou que o alto endividamento do Estado preocupa, mas prometeu que diminuirá em 2018 -as dívidas vêm sendo contraídas para suplantar o déficit de orçamento do país e pagar os ainda excessivos gastos sociais do Estado.

Sobre a reforma trabalhista, que foi obrigado a adiar por conta da alta pressão dos sindicatos, disse que estava disposto a que fosse debatida em partes.

"Mas não podemos esquecer que estamos vivendo num mundo em que o trabalho está mudando, e que tentar resistir seria um erro."

Macri afirmou, ainda, que o ano será de luta contra a informalidade. Por isso, entre outras coisas, será reduzida a carga tributária de empresas, para que contratem mais trabalhadores com carteira assinada. "Hoje, temos um de cada três trabalhadores argentinos na informalidade."

Também, num aceno a demandas progressistas, disse que lutará para que "se acabe essa situação absurda em que mulheres ganhem menos do que homens". Neste momento, voltou a ser muito aplaudido.

Na área de segurança, reforçou o que já vinha dizendo sobre o novo Código Penal, cujo objetivo será "proteger mais as ações dos integrantes das forças de segurança para que atuem com firmeza contra a delinquência e o narcotráfico", além de aumentar penas para determinados crimes.

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