ESTELITA HASS CARAZZAI
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - A Casa Branca restringiu as credenciais do genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, na semana passada.
Kushner, 37, casado com Ivanka Trump e assessor especial do republicano desde sua posse, teve seu nível de acesso rebaixado de "top secret" para "secret", segundo reportou o site Politico.
Com isso, ele não tem mais acesso a informações confidenciais, como o briefing diário do presidente, nem a reuniões estratégicas. Kushner vinha conduzindo esforços de negociação de paz no Oriente Médio, além de assessorar o presidente em assuntos externos.
A mudança faz parte de uma "faxina" administrativa conduzida pelo chefe de gabinete de Trump, John Kelly, que está revendo as credenciais de segurança da Casa Branca desde que um assessor -Rob Porter- foi demitido após ser denunciado por violência doméstica contra duas ex-mulheres.
Na ocasião, Kelly foi severamente criticado pelos funcionários, por ter deixado passar as acusações contra Porter na checagem de antecedentes, e perdeu a confiança de parte da equipe.
Kushner ainda tem um status de segurança "temporário", ou seja, pendente de verificação pelo Departamento de Justiça. Esse teria sido o motivo para o "rebaixamento" do genro de Trump. Assim como ele, outros membros da equipe com esse mesmo status perderam credenciais privilegiadas.
Segundo o advogado Abbe Lowell, que representa Kushner, a mudança "não irá afetar o importante trabalho que lhe foi atribuído" por Trump.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, não quis comentar o caso de Kushner nesta terça (27). Afirmou, porém, que ele é "um valoroso membro da equipe" e que vai continuar a desempenhar as funções que vinha exercendo desde o ano passado.
Questionado sobre o eventual rebaixamento do genro na semana passada, Trump afirmou que a decisão cabia a Kelly, e não a ele.
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