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Ibama investiga origem da contaminação de fábrica de alumina no Pará

FABIANO MAISONNAVE MANAUS, AM (FOLHAPRESS) - Após negar irregularidades em sua operação em Barcarena, a fabricante de alumina norueguesa Hydro Alunorte admitiu nesta sexta-feira (23) a existência de uma tubulação que deságua no rio Murucupi. O Ibama agora

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2018, 21:35:00 Editado em 23.02.2018, 21:35:10
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FABIANO MAISONNAVE

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MANAUS, AM (FOLHAPRESS) - Após negar irregularidades em sua operação em Barcarena, a fabricante de alumina norueguesa Hydro Alunorte admitiu nesta sexta-feira (23) a existência de uma tubulação que deságua no rio Murucupi. O Ibama agora suspeita que foi por ali que passaram os rejeitos que contaminaram comunidades vizinhas da fábrica.

O MPPA fez vistoriou as áreas operacionais da Hydro Alunorte e entorno da empresa Divulgação/MPPA Imagem mostra área da Hydro Alunorte e água avermelhadas em volta    No fim de semana, moradores próximos da fábrica relataram mau cheiro e cor adulterada da água, que transbordou por causa das forte chuvas e atingiu várias casas. Um laudo Instituto Evandro Chagas desta quinta feira (22) confirmou a a contaminação por chumbo e outros metais.

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"É possível que tenha havido contaminação de rejeitos que estavam na área industrial e que, após a enchente da semana passada, escoaram por essa tubulação", disse Fernanda Pirillo, coordenadora-geral de Emergências Ambientais do Ibama, em entrevista por telefone.

Foi a segunda inspeção no local. Na primeira, realizada no domingo (18), dois representantes da Hydro não mencionaram a tubulação, segundo o Ibama. Agora o órgão ambiental avalia se houve má-fé -em caso positivo, a empresa norueguesa pode ser multada por prestar informação falsa

Na nova vistoria, o Ibama descartou vazamento nos depósitos de rejeito, a hipótese inicial dos moradores.

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Pirillo afirmou que ainda não é possível saber se a tubulação era clandestina porque o licenciamento ambiental é de responsabilidade do governo do Pará.

Em 2009, o Ibama multou a empresa em R$ 17,1 milhões por lançamento de rejeitos no mesmo rio. A empresa recorreu, e até hoje nada foi pago.

A Hydro alega que a tubulação estava desativada e nega irregularidades e disse que irá fornecer água potável às comunidades atingidas.

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Procurada pela reportagem, a Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Semas) não respondeu se a tubulação encontrada estava prevista no licenciamento.

O Ministério Público Federal do Pará recomendou o embargo imediato do depósito de resíduos sólidos da Hydro Alunorte "tendo em vista a ofensa à legislação ambiental".

A contaminação das águas pode se tornar um duro golpe na imagem da Hydro, que tem 35 mil funcionários em 40 países. Para se diferenciar da concorrência mais barata do alumínio chinês, ela tem buscado construir uma imagem de empresa ecologicamente responsável.

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