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Às pressas, ação federal deixa vácuo de poder na segurança local

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Decretada às pressas pelo presidente Michel Temer, sem nenhum plano de ação em mãos, a intervenção no Rio provocou um vácuo de poder momentâneo na estrutura da segurança pública do Estado. A intervenção foi anunciada na s

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.02.2018, 21:45:00 Editado em 21.02.2018, 21:45:18
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Decretada às pressas pelo presidente Michel Temer, sem nenhum plano de ação em mãos, a intervenção no Rio provocou um vácuo de poder momentâneo na estrutura da segurança pública do Estado.

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A intervenção foi anunciada na sexta (16) e aprovada nesta semana pelo Congresso. No dia do decreto, o então secretário de Segurança, Roberto Sá, entregou o cargo e deixou a chefia interinamente com seu número dois.

Temer nomeou como interventor o general do Exército Walter Braga Netto. Ele, que agora trabalha em seu plano de ação, é o chefe das forças de segurança, acumulando as pastas da Segurança Pública e da Administração Penitenciária, com PM, Civil, bombeiros e agentes carcerários.

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A exoneração do secretário foi a única mudança ocorrida na cúpula da segurança até agora. O Coronel Wolney Dias, comandante-geral da PM, e o chefe de Polícia Civil, Carlos Augusto Leba, continuam em seus cargos, mas com a certeza de que serão substituídos na semana que vem.

Enquanto o interventor não conclui seu plano, delegados da Polícia Civil e comandantes de batalhões da PM estão sem orientação do comando das corporações. Seus chefes, virtuais dispensados, silenciaram sobre o presente e o futuro. Um chefe de batalhão da PM disse que "está um silêncio total" e que não recebeu nenhuma diretriz nesses dias que ele chama de "limbo de poder".

Braga Netto fará mudanças iniciais na cúpula da secretaria e nas chefias de polícia, deixando a troca em batalhões e delegacias para depois.

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Enquanto isso, há policiais operando por conta própria. Um titular de delegacia especializada disse à Folha que inquéritos continuam, assim como operações e cumprimento de mandados. No entanto, a decisão de abrir novas frentes de investigação ou dar seguimentos a operações que seriam mais complexas e demandariam apoio de outros setores estão em suspenso.

Já em batalhões, diz um oficial da PM, a atuação se resume ao policiamento ostensivo e atendimento de chamados, deixando operações de lado.

Em nota, o Comando Militar do Leste, responsável pelos militares que atuam no Rio desde setembro, afirmou que "o processo de intervenção está em fase inicial" e que "a equipe que trabalhará diretamente com o interventor está sendo formada e será anunciada nos próximos dias".

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O CML diz ainda que os órgãos de segurança do Estado "seguem funcionando normalmente" e ressalta que a intervenção têm caráter civil.

DIA VIOLENTO

Apesar da intervenção decretada, o Rio teve um dia violento nesta quarta-feira (21).

Na madrugada, o tenente da PM Guilherme Lopes da Cruz, 26, foi morto em uma tentativa de assalto em Jacarepaguá, zona oeste. Ele era subcomandante da UPP da Vila Kennedy e havia participado, um dia antes, de operação que buscou encontrar criminosos envolvidos na morte de um sargento do Exército em Campo Grande que reagira a um assalto. Dois PMs foram mortos desde a última sexta -totalizando 18 neste ano na corporação. À tarde, uma tentativa de assalto em Botafogo, zona sul, terminou com o suspeito baleado e outras quatro pessoas feridas. Em Duque Caxias, Baixada Fluminense, um tiroteio entre policiais e traficantes deixou um homem morto e duas crianças baleadas.

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