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Ataque contra enclave rebelde deixa mais de 200 mortos na Síria

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ataques feitos por tropas do governo sírio contra um enclave rebelde próximo da capital Damasco deixou centenas de mortos entre segunda (19) e terça (20), em um dos dias mais sangrentos da região em três anos. Grupos de defesa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.02.2018, 16:10:00 Editado em 20.02.2018, 16:10:04
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ataques feitos por tropas do governo sírio contra um enclave rebelde próximo da capital Damasco deixou centenas de mortos entre segunda (19) e terça (20), em um dos dias mais sangrentos da região em três anos.

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Grupos de defesa dos direitos humanos que se opõe ao ditador Bashar al-Assad afirmaram que a região foi alvo de uma série de bombardeios feito por aviões e helicópteros, além do uso de mísseis terrestres.

Segundo a Defesa Civil Síria, grupo oposicionista mais conhecido como White Helmets (capacetes brancos), pelo menos 98 pessoas morreram na segunda e mais pessoas ainda podem estar presas nos escombros.

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O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ONG com sede em Londres, disse que desde domingo (18) já são 210 mortos —incluindo 20 crianças e 15 mulheres— e 850 feridos. Segundo a organização, nos três meses anteriores, 700 pessoas tinham sido mortos na região.

Imagens mostram equipes de resgate trabalhando nos escombros em busca de sobreviventes.

A União de Assistência Médica e Organizações de Socorro, entidade internacional que financia serviços de saúde na Síria, afirmou que cinco hospitais foram destruídos nos bombardeios.

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Os ataques aconteceram em uma área conhecida como Ghouta Oriental, um conjunto de cidades satélites e fazendas a leste de Damasco. O local, onde vivem cerca de 400 mil pessoas, é o último reduto rebelde próximo da capital e está sob cerco do Exército desde 2013.

Os rebeldes temem que o bombardeio seja o prenuncio de um ataque terrestre contra o local, já que o Exército sírio enviou um grande contingente de soldados para a região nos últimos dias.

Desde 2015, quando passaram a receber ajuda da Rússia, as forças leais a Assad tem ganhado território na guerra civil que já dura sete anos. “A situação em Ghouta é semelhante ao dia do julgamento final”, afirmou ao jornal britânico “The Guardian” o vice-diretor dos White Helmets, Mounir Mustafa. Um médico que não quis se identificar classificou o ataque como um massacre contra a população civil. “HOLOCAUSTO”

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Representante do Exército do Islã, principal grupo rebelde em Ghouta, Mohammed Alloush comparou a ação do regime sírio à Alemanha nazista. "Um novo holocausto está sendo feito pelo pior regime da terra", disse à agência de notícias Associated Press.

Ele criticou ainda a falta de ação da ONU e os governos de Rússia e Irã, que apoiam Assad.

O governo sírio nega ter atacado civis e afirmou que o bombardeio tem como alvo terroristas islâmicos que agem na região. Em resposta ao bombardeiro, os rebeldes usaram morteiros para atacar Damasco, deixando pelo menos duas pessoas mortas e seis feridas na cidade.

"A situação humanitária dos civis em Ghouta Oriental é um espiral fora de controle", disse na segunda Panos Moumtzis, coordenador dos esforços humanitários da ONU no país. "É imperativo acabar com esse sofrimento humano desnecessário imediatamente. Ataques contra civis inocentes e infraestruturas devem parar imediatamente", afirmou ele em nota.

O Unicef, fundo das Nações Unidas para a infância, decidiu emitir um comunicado em branco para manifestar sua oposição a situação no país. "Nós não temos mais palavras para descrever o sofrimento das crianças e nossa indignação", afirmou uma nota de rodapé ao final da nota.

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