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Operação permanente da PF mira "cabeças" do crime organizado no Rio

RUBENS VALENTE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal montou uma operação que não tem prazo para acabar e pretende atingir os chefes do crime organizado no Rio de Janeiro. A ideia é estabelecer uma troca de informações diária, em um mesmo espaço fí

Da Redação

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Publicado em 16.02.2018, 20:05:00 Editado em 16.02.2018, 20:05:08
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RUBENS VALENTE

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal montou uma operação que não tem prazo para acabar e pretende atingir os chefes do crime organizado no Rio de Janeiro. A ideia é estabelecer uma troca de informações diária, em um mesmo espaço físico, com diversos setores de inteligência de órgãos públicos, como os das polícias Civil e Militar, Forças Armadas, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Batizada de União Rio, a operação vai trabalhar na coleta e distribuição de informação, mas também abrirá inquéritos e partirá para ações ostensivas nas ruas, localizando e prendendo acusados de crimes como tráfico de drogas e contrabando de armas.

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"O foco é descapitalizar o crime organizado, identificar e prender líderes de facções criminosas ou pessoas que têm potencial de trazer para o Rio grandes quantidades de armas e drogas", afirmou o diretor da Dicor (Diretoria de Inteligência e Combate ao Crime Organizado) da PF em Brasília, Eugênio Ricas.A intervenção federal na área de segurança pública decretada nesta sexta-feira (16) pelo governo federal não vai mudar o plano da PF, que vinha sendo desenhado desde o final do ano passado. O novo grupo deve entrar em atividade nas próximas semanas.

A operação é inspirada na Missão Suporte, desenvolvida pela PF na gestão do então diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda (2003-2007), mas que acabou desativada nas gestões seguintes. No seu auge, a Suporte foi coordenada pelo delegado da PF José Mariano Beltrame, que depois se tornaria secretário de Segurança Pública do Rio.

A diferença entre as duas experiências, segundo Ricas, será o compartilhamento de informações entre órgãos públicos em um mesmo lugar, uma sala que está sendo montada na Superintendência Regional da PF no Rio.

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"A integração faz parte do discurso de todo profissional de segurança pública. Mas quando você vai ver o que tem de efetivo em integração, é muito pouco. O objetivo agora é colocar todas essas forças trabalhando inclusive no mesmo ambiente, para não ter sonegação de informações e todo mundo trabalhando com o mesmo foco", afirmou o diretor da Dicor.

A ideia da PF é otimizar o uso das informações. "É comum, por exemplo, termos lá dez policiais federais trabalhando em um caso e a Polícia Civil do Rio ter outros 15 trabalhando no mesmo caso, sem compartilhar informação, cada um com um pedacinho, e sem se comunicar. Então se você agrega isso e troca informação, consegue otimizar mais os recursos e ter um resultado melhor."

A Operação União Rio vai reunir a princípio 30 policiais federais: metade do Rio e metade a ser transferida de outros Estados. O grupo será coordenado pelo delegado Julio Baida Filho, que deixou a diretoria da delegacia da PF em Santos (SP), e pelo superintendente da PF no Rio, que deve tomar posse nos próximos dias, o delegado Ricardo Saadi, ex-superintendente da PF no Rio Grande do Sul e ex-diretor do DRCI (setor de recuperação de ativos no exterior) do Ministério da Justiça. Ex-delegado da PF de São Paulo, Saadi atuou em diversas investigações sobre crimes contra o sistema financeiro.

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