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SP e Rio devem prorrogar campanha de vacinação de febre amarela

NATÁLIA CANCIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Vinte dias após o início da campanha de vacinação emergencial contra febre amarela, apenas 19,2% do público-alvo esperado para ser vacinado nos Estados de São Paulo e no Rio de Janeiro recebeu a proteção contra

Da Redação

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Publicado em 15.02.2018, 19:05:00 Editado em 15.02.2018, 19:05:08
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NATÁLIA CANCIAN

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Vinte dias após o início da campanha de vacinação emergencial contra febre amarela, apenas 19,2% do público-alvo esperado para ser vacinado nos Estados de São Paulo e no Rio de Janeiro recebeu a proteção contra a doença.

Ao todo, 3,9 milhões de pessoas foram imunizadas. O índice de cobertura vacinal, porém, está abaixo do esperado.

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Até então, a expectativa era imunizar até 95% de um total de 20,3 milhões de pessoas em 69 municípios, considerados de maior risco para a febre amarela em SP e Rio.

Agora, diante da baixa cobertura, a campanha de vacinação nos dois Estados deve ser prorrogada até que as metas sejam atingidas.

Inicialmente, a previsão era de que a vacinação com oferta da dose fracionada ocorresse em São Paulo até este sábado (17), quando será realizado o chamado "dia D" de mobilização contra a doença. No Rio de Janeiro, a data final não havia sido divulgada.

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Para equipes do ministério, a dificuldade em vacinar adultos e as mudanças na organização da oferta de vacinas nos primeiros dias de campanha estão entre os fatores que podem explicar os baixos índices de vacinação.

"Quando começaram a surgir os primeiros óbitos, a procura foi grande. Ainda não havia vacinas e doses suficientes fora da rotina. A partir do momento em que fizeram toda a estratégia de planejamento e distribuição das vacinas, a população está segura [de que há doses suficientes], e isso também faz com que as filas tenham diminuído", afirma o secretário-executivo da pasta, Antônio Nardi.

DOSE FRACIONADA

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Desde o dia 25 de fevereiro, a imunização nestes locais tem sido feita para a maior parte do público-alvo com a dose fracionada da vacina, que é o equivalente a 1/5 da dose integral. O objetivo é assegurar a manutenção dos estoques de vacina no país.

Apesar de reduzida, estudos recentes feitos pela Fiocruz mostram eficácia similar à dose integral. O tempo de proteção, porém, é menor --dados até o momento apontam que ela dura até oito anos.

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Questionado, o ministério nega que a diferença na dose tenha interferido na procura pela vacina. "Não estamos tendo esse problema. O que temos é uma dificuldade do homem adulto jovem buscar uma unidade de saúde para se vacinar. Por isso esse pedido de apoio", afirma Ana Goretti, do Programa Nacional de Imunizações.

Além de SP e RJ, a Bahia também deverá ter uma campanha de vacinação, que está prevista para o dia 19 deste mês. A previsão é vacinar até 3,3 milhões de pessoas em oito municípios.

BALANÇO

Dados de boletim parcial do Ministério da Saúde apontam 407 casos confirmados de febre amarela no país entre os dias 1 de julho do último ano até 15 de fevereiro. Deste total, 118 morreram.

São Paulo lidera em número de registros, com 183 casos confirmados, sendo 46 mortes. Em seguida, vem Minas Gerais (157 casos, sendo 44 mortes), seguido do Rio de Janeiro (68 casos confirmados e 27 mortes) e Distrito Federal (uma morte).

Um novo balanço deve ser divulgado nesta sexta-feira (16). Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, apesar do avanço de casos, há baixo risco de epidemias ou mesmo de transmissão urbana da doença -até o momento, todos os casos são de febre amarela silvestre, transmitidos pelos mosquitos Sabethes e Haemagogus.

"Não há dados que nos levem a pensar em epidemia, em transmissão urbana. Todos os dados estão sob controle, e temos feito trabalho consistente de acompanhamento. O que estamos propondo é um alerta para procurar a vacinação. Tivemos intensa busca pela vacina no início do ano, e passado o Carnaval espero que busquem novamente a vacina", afirma.

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