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Temporal deixa ao menos quatro mortos e espalha caos no Rio

MARTHA ALVES E NICOLA PAMPLONA SÃO PAULO, SP, e RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Ao menos quatro pessoas morreram no Rio de Janeiro após um temporal acompanhado de fortes ventos, entre a noite de quarta (14) e a madrugada desta quinta-feira (15). A cidad

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.02.2018, 16:05:00 Editado em 15.02.2018, 16:05:10
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MARTHA ALVES E NICOLA PAMPLONA

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SÃO PAULO, SP, e RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Ao menos quatro pessoas morreram no Rio de Janeiro após um temporal acompanhado de fortes ventos, entre a noite de quarta (14) e a madrugada desta quinta-feira (15). A cidade amanheceu com ruas alagadas, árvores caídas, problemas no transporte público e regiões sem energia elétrica.

Parte da ciclovia Tim Maia, na zona sul da cidade, desabou após um deslizamento de terra. A ciclovia já havia apresentado problemas em 2016, quando fortes ondas derrubaram um trecho da via, matando duas pessoas.

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Por volta das 12h20, o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, confirmou que um menino, que não teve o nome e nem a idade divulgados, morreu em Cascadura, zona norte, após sua casa desabar parcialmente. A vítima foi levada para o hospital estadual Carlos Chagas, mas já chegou morto.

Um homem e uma mulher também morreram soterrados por volta das 2h40 desta quinta. Marcos Garcia, 59, e Judina Magalhães, 62, não resistiram aos ferimentos causados por um deslizamento de terra no bairro de Quintino, na zona norte da capital fluminense. No local, o idoso Alamir Cesar, 90, também chegou a ter parte do corpo soterrada, mas foi resgatado pelos bombeiros e levado para um hospital.

Outra vítima foi o PM Nilcimar dos Santos, 48, que foi atingido por uma árvore na rua Recife, em Realengo, também na zona oeste.

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As zonas norte e oeste foram as mais afetadas pelo temporal. Segundo o Alerta Rio, da prefeitura, em uma hora foram registrados 123,6 mm de chuva na estação Barra/Riocentro, o maior volume de chuva registrado, no período de uma hora, na série histórica. O órgão armazena os dados de chuva do município desde 1997. Antes, o recorde de chuva em uma hora havia sido de 116,2 mm, em Campo Grande, em 19 de março de 2000. ÁRVORES CAÍDAS

Na madrugada, a cidade chegou a ficar aproximadamente cinco horas em estado de crise o terceiro nível em escala de três para alagamentos e deslizamentos. Por volta das 5h30, ela voltou ao estágio de atenção.

Por volta das 7h, o Centro de Operações informou que equipes da prefeitura foram acionadas para a retirada de 13 árvores que caíram por conta da chuva. Segundo o balanço, foram registrados ainda ao menos três alagamentos, um deslizamento de muro, uma queda de muro e uma queda de poste.

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A pista lateral da avenida Brasil foi parcialmente liberada na altura de Ramos, sentido centro. O trânsito estava congestionado na via no começo da manhã. Há, também, um alagamento em Manguinhos, no sentido oeste da avenida.

De acordo com informações da prefeitura, a estrada de Jacarepaguá também se encontrava interditada no sentido Rio das Pedras, altura da rua Flordelice. O desvio está sendo feito pela estrada do Engenho D' Água. A linha 2 do metrô opera com intervalos irregulares devido a problemas de energia, segundo informou o MetrôRio.

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As chuvas também prejudicaram a circulação dos trens, segundo a SuperVia. Por volta das 8h30, os ramais Santa Cruz e Saracuruna estavam interrompidos. O ramal Belford Roxo estava operando apenas no trecho entre Pavuna e Belford Roxo. Não havia partidas da estação Central.

Alagamentos também prejudicaram as extensões Vila Inhomirim e Guapimirim.

Por volta da 9h, a circulação de trens estava interrompida devido ao alagamento dos trilhos na região de Manguinhos e à queda de telhas sobre cabos de alta tensão na estação Penha.

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No ramal Deodoro, a queda de um muro entre as estações Riachuelo e Quintino, faz com que os trens no sentido Deodoro não parem nas estações Riachuelo, Sampaio, Engenho Novo, Méier, Piedade e Quintino.

No aeroporto internacional do Galeão, a Polícia Federal suspendeu os serviços de emissão de passaporte agendados para atendimento nesta quinta.

Fernanda Precioso, 48, que mora no bairro do Engenho de Dentro, na zona norte, que teve seu apartamento invadido pela chuva, está sem água e gás. "Fui dormir quando a chuva começou. A princípio, não dei importância. De repente, comecei a ouvir vozes. Saí para a janela e vi os carros debaixo d'água. A água tinha subido pelo ralo da varanda e invadiu a sala, entrou pelo ar-condicionado."

FALTA DE ENERGIA

Por volta das 9h, a Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia, informou que algumas localidades ainda estavam sem luz. "Nossas equipes estão trabalhando para normalizar o serviço, mas encontrando dificuldades como ruas alagadas, árvores caídas e galhos na rede elétrica", diz em nota.

As principais áreas afetadas pelos cortes de energia são a zona oeste (Campo Grande, Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio) e a norte (Ilha do Governador e Penha).

Dez hospitais municipais também ficaram sem energia e funcionam com geradores. Algumas unidades de atenção básica também foram afetadas e estão com restrição no atendimento. Os pacientes que não conseguirem ser atendidos nesta quinta por dificuldade de acesso ou problemas nas unidades terão suas consultas remarcadas.

A previsão do tempo para as próximas horas é de pancadas de chuvas isoladas de intensidade fraca a moderada, de acordo com o Alerta Rio.

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