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Operação mira família ligada ao presidente Zuma na África do Sul

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A polícia da África do Sul fez uma operação nesta quarta-feira (14) na casa em Johannesburgo onde vive a família Gupta, um dos grupos mais influentes do país, suspeita de pagar propinas para as autoridades em troca de contrato

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.02.2018, 11:20:00 Editado em 14.02.2018, 11:20:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A polícia da África do Sul fez uma operação nesta quarta-feira (14) na casa em Johannesburgo onde vive a família Gupta, um dos grupos mais influentes do país, suspeita de pagar propinas para as autoridades em troca de contratos com o governo.

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A ligação do presidente Jacob Zuma com a família é uma das principais razões para a atual pressão para que ele renuncie ao cargo -um e seus filhos mantém negócios com o grupo.

Segundo a Hawks, a unidade especial da polícia responsável pela ação, três pessoas foram detidas, mas as identidades não foram reveladas. A agência de notícias Reuters afirmou que outras prisões são esperadas em breve.

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A operação acontece enquanto o comando do partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) espera uma resposta de Zuma após exigir sua renúncia. Um pronunciamento do presidente era esperado às 10h desta quarta (6h no horário de Brasília), mas não ocorreu.

Os líderes da sigla anunciaram que caso o presidente não renuncie até o fim desta quarta (14), o Parlamento irá antecipar para esta quinta (15) um voto de não-confiança contra para o tirar Zuma do cargo -a sessão estava inicialmente marcada para o dia 22.

Na sequência, a ideia é confirmar o atual vice-presidente Cyril Ramaphosa no comando do país até o fim do atual mandato, em 2019.

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Aliados do presidente disseram que a população e a imprensa devem aguardar uma manifestação oficial do presidente, mas não especificaram quando isso vai ocorrer.

Eleito em 2009 e reeleito cinco anos depois, Zuma vem perdendo poder desde o início dos escândalos de corrupção e vive uma queda de braço com Ramaphosa, que o substituiu no comando do CNA em dezembro.

As principais denúncias contra o presidente envolvem uma série de reformas feitas em sua casa e pagas com dinheiro público e sua ligação com os Gupta, que são também acusados de subornar diversas autoridades sul-africanas.

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De origem indiana, os três irmãos que comandam o grupo familiar se mudaram para a África do Sul no início dos anos 1990, durante o fim do apartheid. Tanto Zuma quanto os Gupta negam as acusações.

Parte da cúpula do CNA teme que a derrocada da popularidade do atual presidente prejudique o partido nas próximas eleições, abrindo espaço para a oposição, e por isso quer que ele deixe o cargo.

A sigla, que tem como maior símbolo o ex-presidente Nelson Mandela (1918-2013), comanda o país desde o fim do apartheid, em 1994.

Em 2016, o presidente Zuma chegou a enfrentar uma votação de impeachment, mas obteve vitória e permaneceu no cargo.

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