SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) O partido governista da África do Sul diz que o presidente Jacob Zuma deve deixar o poder.
Ace Magashule, secretário-geral do CNA (Congresso Nacional Africano), afirmou que o comitê nacional do partido decidiu fazer o "recall" (termo usado para a retirada do presidente do poder) de Zuma, por seu envolvimento em supostos escândalos de corrupção.
"Nós não demos a ele nenhuma data limite" para o cumprimento da ordem, que não é vinculativa, disse, em coletiva de imprensa em Joanesburgo.
Magashule diz que Zuma havia concordado em renunciar, mas quis permanecer no cargo por mais alguns meses, uma condição que o comitê do partido rejeitou.
Se Zuma se recusar a seguir as instruções de seu partido, o assunto pode ir ao parlamento para votação.
A imprensa africana e especialistas próximos ao governo dizem que os líderes do partido entregaram um ultimato ao presidente Jacob Zuma, dando-lhe 48 horas para responder à ordem de renunciar.
Se Zuma concordar em desistir, o vice-presidente Cyril Ramaphosa deve assumir a presidência. No entanto, se Zuma se recusar a renunciar, enfrentará a votação do Parlamento na próxima semana.
Envolvido em uma série de escândalos de corrupção, embora afirme nada ter feito de errado, Zuma ainda mantém algum apoio dentro do partido.
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