SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, convidou o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, para participar de uma reunião de cúpula em Pyongyang, enquanto os EUA advertiram contra "a operação de sedução olímpica" do regime norte-coreano.
O convite foi transmitido por Kim Yo-jong, irmã do ditador, que está no Sul para a Olimpíada de Inverno.
"A enviada especial Kim Yo-jong entregou uma carta pessoal de seu irmão que expressa o desejo de melhorar a relação entre as Coreias", declarou o porta-voz de Moon, Kim Eui-kyeom. Também transmitiu verbalmente o convite de seu irmão para que Moon visite "o Norte no momento que mais lhe convier".
Moon a irmã do ditador e o chefe de Estado norte-coreano, Kim Yong-nam, para um almoço neste sábado (10).
O líder sul-coreano não respondeu ao convite. Pediu que sejam criadas "boas condições" para a visita e que o Norte dialogue com os EUA.
"É absolutamente necessário que o Norte e os EUA iniciem um diálogo rapidamente", disse Moon, segundo seu porta-voz.
Caso o encontro ocorra, será o terceiro do tipo, após as reuniões que Kim Jong-il, pai de Kim Jong-un, teve em Pyongyang com os presidentes sul-coreanos Kim Dae-jung e Roh Moo-hyun, em 2000 e 2007, respectivamente.
Mas o encontro pode gerar discórdia entre Moon e o presidente americano, Donald Trump, que há poucas semanas trocava insultos e ameaças apocalípticas com Kim.
Washington exige que Pyongyang mostre, antes de qualquer negociação, que está disposto a renunciar a seu programa nuclear -quando Kim se vangloria de o país ter se tornado um "Estado nuclear de pleno direito".
A proposta ocorre após dois anos de tensão na península coreana, período em que Pyongyang realizou três testes nucleares e dezenas de testes de mísseis, ameaçando atingir os EUA.
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