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Capital e litoral de SP registram primeiros casos locais de febre amarela

ANGELA PINHO E FERNANDA PEREIRA NEVES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cidade de São Paulo e o litoral paulista registraram os primeiros casos autóctones (contraídos no local) de febre amarela. Os dados foram confirmados nesta sexta-feira (9) pela Secretari

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.02.2018, 22:55:00 Editado em 09.02.2018, 22:55:11
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ANGELA PINHO E FERNANDA PEREIRA NEVES

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cidade de São Paulo e o litoral paulista registraram os primeiros casos autóctones (contraídos no local) de febre amarela. Os dados foram confirmados nesta sexta-feira (9) pela Secretaria Estadual de Saúde, que contabiliza, desde o início de 2017, 186 casos da doença, sendo que 65 evoluíram a óbito.

O caso da capital paulista é o de um homem de 29 anos morador do Tremembé, que frequentava semanalmente um local contíguo ao Parque Estadual da Cantareira, perto da divisa de Mairiporã, cidade em que já foram registrados 105 casos. O paciente não tinha se vacinado.

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A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo reforça que se trata de um caso silvestre da doença, ou seja, contraído em área de mata. Desde o ano de 1942, não há casos de febre amarela urbana no Brasil.

O primeiro caso do litoral paulista ocorreu na cidade de Itanhaém, mas não foram dados detalhes.

PARQUES

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O parque estadual da Cantareira é um dos parques que ficaram fechados por quase três meses por conta do risco de contrair febre amarela. Ele foi fechado em outubro do ano passado após a confirmação da morte de um macaco em decorrência da doença, e foi reaberto em janeiro.

Além do Cantareira, o Horto Florestal e o parque ecológico do Tietê também foram reabertos na ocasião, após campanha de vacinação na zona norte da capital paulista, mas com avisos na entrada para orientar a população que, para visitá-los, é preciso ter tomado vacina contra a febre amarela ao menos dez dias antes.

Após a reabertura dos parques da zona norte, o governo ainda fechou, no final do mês passado, o parque estadual Fontes do Ipiranga, na zona sul, e os órgãos que ficam dentro dele —o Zoológico de São Paulo, o Jardim Botânico e o Cientec (Parque de Ciência e Tecnologia da USP)--, também após a morte de macacos.

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CONFIRMADOS

Além da capital e do litoral, o ABC paulista também confirmou nesta semana o primeiro caso de febre amarela. Segundo a gestão Orlando Morando (PSDB), trata-se de um homem de 35 anos, morador do Jardim Palermo e que trabalha no Jardim Represa.

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Segundo a prefeitura, ele não havia se vacinado e também não realizou qualquer viagem ou deslocamento da cidade nos últimos meses, o que comprova que ele foi picado pelo mosquito transmissor no município.

A cidade de Mairiporã, na região metropolitana, no entanto, ainda é a que mais concentra casos da doença. São, ao todo, 105 confirmações, o que corresponde a 57,4% dos casos do Estado, chegando a 105. Mairiporã, Atibaia (29) e Amparo (5) somam sozinhas três quartos dos casos no Estado.

As outras cidades paulistas com registro da doença são: Águas da Prata, Américo Brasiliense, Arujá, Batatais, Bragança Paulista, Caieiras, Campinas, Cotia, Espírito Santo do Pinhal, Itapira, Francisco Morato, Franco da Rocha, Ibiúna, Itanhaém, Itatiba, Itapecerica da Serra, Jarinu, Jundiaí, Mococa, Cássia dos Coqueiros, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Piedade, Santa Cruz do Rio Pardo, Santa Lúcia, São Bernardo do Campo, São João da Boa Vista, São Paulo e Tuiuti.

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VACINAÇÃO

Por conta do avanço da doença, o Estado realiza desde o dia 25 de janeiro uma campanha emergencial de vacinação, com o uso de doses fracionadas. O mutirão acontece em 53 cidades, além de 20 distritos da capital paulista. Até o momento, 2.697.267 paulistas foram imunizados, sendo 2.597.410 com a dose fracionada.

Fracionar a vacina foi a estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para conseguir imunizar um maior número de pessoas. Com 0,1 ml, a dose fracionada tem o mesmo efeito que a padrão (0,5 ml), embora seu tempo de cobertura seja menor. Quem for vacina com ela deve tomar nova dose em ao menos oito anos.

Apesar da eficácia da dose fracionada, alguns grupos ainda estão recebendo a normal devido à falta de estudos sobre o efeito da dose menor neles. É o caso de crianças de 9 meses a 2 anos incompletos, grávidas, pessoas que terminaram tratamento de quimioterapia ou com corticoides em doses elevadas.

O encerramento da campanha está previsto para 17 de fevereiro, com um Dia D, quando as unidades funcionarão em esquema especial.

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