SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Irlanda do Norte deve ficar na união aduaneira e no mercado comum europeus quando o Reino Unido deixar a União Europeia, diz o jornal "The Guardian". No texto que Bruxelas quer que Londres assine, a Irlanda do Norte continuará sob legislação da UE após os 21 meses de transição do "brexit".
A medida pode gerar atritos entre britânicos e autoridades da UE e também na base de apoio do partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, com o Partido Democrático Unionista.
"Não haverá espaço de manobra para o governo britânico", disse ao "Guardian" Philippe Lamber, líder dos Verdes no Parlamento Europeu, informado da situação pelo negociador-chefe europeu, Michel Barnier.
"Vamos deixar claro o que quereremos dizer com alinhamento regulatório no texto legal. Isso pode causar alguns problemas no Reino Unido --mas não fomos nós que fizemos essa bagunça."
Barnier tem dito que o "brexit" significa barreiras ao comércio sob a forma de controles de fronteira. Para a Irlanda do Norte, no entanto, a questão da "fronteira dura" é de segurança: o chefe do Serviço de Polícia, George Hamilton, alerta que infraestrutura de fronteira pode virar alvo de terroristas.
O governo britânico dissera na negociação que, "na ausência de solução acordada, o Reino Unido manterá alinhamento total com as regras do mercado interno e união aduaneira e que apoia a cooperação Norte-Sul".
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