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Chanceler sai enfraquecida, diz especialista

D BERCITO MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Passaram-se mais de quatro meses até que os dois principais partidos alemães entrassem em acordo para formar o próximo governo. "Foi difícil parir essa criança", diz o cientista político Werner Patzelt, professor da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.02.2018, 21:20:00 Editado em 07.02.2018, 21:20:12
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D BERCITO

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MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Passaram-se mais de quatro meses até que os dois principais partidos alemães entrassem em acordo para formar o próximo governo. "Foi difícil parir essa criança", diz o cientista político Werner Patzelt, professor da Universidade Técnica de Dresden --e a princípio o nascimento não agrada nenhum dos responsáveis.

A CDU da chanceler Angela Merkel sai enfraquecida, afirma, depois de ceder importantes ministérios ao rival SPD.

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"Merkel não tinha nenhum poder de barganha depois de ter dito de antemão que não formaria um governo de minoria", diz Patzelt.

PERGUNTA - Como o sr. avalia o acordo para governar?

Werner Patzelt - Foi bastante difícil parir essa criança, e ainda não sabemos se os membros do SPD vão aceitar o acordo. Mas, se olhamos a distribuição de ministérios, o SPD ganhou influência, em especial com as Finanças.

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Quem mais se beneficiou?

O outro beneficiado foi a CSU, porque conseguiu impor sua política migratória no acordo, limitando o número de refugiados. Isso é importante, pois estará no centro do próximo governo. Nesse sentido, é importante que a CSU fique com o Ministério do Interior.

Como fica Angela Merkel?

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Como resultado desse acordo, enfraquecida. A CDU é maior do que SPD e CSU, em termos eleitorais, mas teve de abrir mão de diversos postos ao negociar a coalizão.

Por que teve que ceder?

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Merkel não tinha nenhum poder de barganha, depois de já ter dito de antemão que não formaria um governo de minoria. Sem essa possibilidade, e sem aceitar antecipar as eleições, ela estava nas mãos do SPD. Por isso, teve de aceitar as condições. Precisamos nos lembrar de que foi a política migratória de Merkel que colocou a CDU nessa posição difícil. O partido perdeu votos devido ao erro tático da chanceler.

Com a coalizão, a AfD será a maior força de oposição. O que isso significa?

Merkel precisa aceitar que a AfD é hoje seu principal oponente entre os eleitores conservadores.

Como a AfD pode influenciar a política alemã?

Eles já influenciaram, obrigando os demais partidos a incorporar argumentos de sua plataforma anti-imigração. Ademais, fica evidente que a estratégia de excluí-lo do debate público fracassou. Eles poderão apresentar suas posições ao público, no Parlamento, e nos próximos meses a imprensa prestará mais atenção a seu discurso do que, por exemplo, ao discurso dos Verdes e dos liberais.

A coalizão entre CDU e SPD beneficia a sigla, então?

Sim. A coalizão é como um seguro de vida à AfD, que está em uma ótima posição agora. Eles são provavelmente os únicos realmente felizes depois do anúncio do acordo.

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