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EUA pedem à região "rapidez" com Caracas

SYLVIA COLOMBO BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse neste domingo (4) em Buenos Aires, que os países da região "não podem tolerar que a Venezuela não seja uma democracia". "O povo venezuelano merece s

Da Redação

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Publicado em 04.02.2018, 20:50:00 Editado em 04.02.2018, 20:50:04
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SYLVIA COLOMBO

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse neste domingo (4) em Buenos Aires, que os países da região "não podem tolerar que a Venezuela não seja uma democracia". "O povo venezuelano merece ser livre", afirmou Tillerson no Palácio San Martín, sede da Chancelaria, ao lado de seu homólogo argentino, Jorge Faurie.

O americano afirmou ainda que sua viagem pela América Latina, que começou na quinta-feira (1º) e segue até quarta-feira (7) tem como intenção "buscar soluções que acelerem o fim do regime [de Nicolás Maduro] porque a crise humanitária está transformando a situação no país em algo cada vez mais obscuro".

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Antes de embarcar, em Austin, nos EUA, Tillerson havia sugerido que um golpe militar no país caribenho seria uma forma aceitável para derrubar o ditador Maduro.

"Na história da Venezuela e dos países sul-americanos, às vezes os militares são o agente da mudança quando as coisas estão tão ruins e a liderança não serve ao povo", afirmou. A declaração foi amplamente rechaçada pelo governo venezuelano e também por países da região, cujo histórico de golpes militares ainda é uma memória presente.

No domingo, após almoçar com Faurie e vários ministros argentinos, o secretário norte-americano deu declarações à imprensa.

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Questionado sobre possíveis novas sanções que os EUA possam impor ao país caribenho, inclusive com relação à compra de petróleo, Tillerson disse que esta se trata de "uma possibilidade" e que é um dos temas que ele quer debater com países latino-americanos pelos quais irá passar --os EUA ainda são os principais compradores de petróleo venezuelano.

O chanceler ressaltou, porém, que não aprova sanções que afetem a população: "Nossas desavenças são com o regime venezuelano, não com a população do país".

O norte-americano não especificou que medidas poderão ser tomadas pelos EUA e os países vizinhos da Venezuela, mas acrescentou que ele e o chanceler argentino discutiram "passos adicionais para fazer com que o calendário eleitoral venezuelano seja respeitado".

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"Queremos eleições livres, justas e verificáveis, com o retorno da independência das instituições", declarou.

Em janeiro, Maduro anunciou que as eleições presidenciais na Venezuela, esperadas para este ano mas até então sem data, ocorrerão em abril. O regime também vem bloqueando possíveis candidaturas de oposição.

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Tillerson insistiu em que a situação merece uma decisão mais urgente. "Temos de chegar a um final mais rápido. Estamos olhando novas opções, mas temos preocupação de não afetar também a outros países da região."

Faurie, por sua vez, acrescentou que a posição da Argentina continua a de não respeitar o processo político atual. "Não reconhecemos o processo eleitoral como está sendo desenhado e nem a escalada autoritária na Venezuela. Não reconhecemos a Assembleia Nacional Constituinte, e queremos o fim da proscrição dos políticos opositores, impedidos de participar de eleições", disse.

"Aderimos a todos os mecanismos a nível regional que permitam não aceitar as decisões ilegítimas do governo de Maduro", completou.

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Indagado se os EUA tentariam impedir a participação da Venezuela na próxima Cúpula das Américas, que ocorre em abril, em Lima, Tillerson disse que essa decisão depende do país anfitrião. "Respeitaremos o que o governo do Peru determinar sobre esse assunto. Porém, caso a Venezuela esteja presente, nosso desafio será ter conversas produtivas nesse encontro."

MACRI

Tillerson visitará nesta segunda (5), na residência de Olivos, o presidente argentino, Mauricio Macri. Na manhã deste domingo, fez vários elogios à Argentina.

"A relação entre nossos países está ficando cada vez mais forte", afirmou. E acrescentou que os EUA veem Macri como um líder regional que está "mudando seu país com importantes reformas".

De lá, o americano seguirá para Peru, Colômbia e Jamaica, após ter visitado o México. Ele não passa pelo Brasil.

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