SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem abriu fogo de dentro de um carro nas ruas da cidade italiana de Macerata (leste de Roma) neste sábado (3), ferindo ao menos quatro pessoas -todas imigrantes africanos- em um ataque que pode ter sido motivado por preconceito racial, segundo a mídia local.
O suspeito foi preso pela polícia local cerca de duas horas depois do ataque e identificado como Luca Traini, um italiano de 28 anos que concorreu em 2017 às eleições administrativas para o conselho regional pelo partido de extrema direita Liga Norte.
Logo após os ataques, Romano Carancini, prefeito de Macerata, apelou aos moradores locais que permanecessem em suas casas. A cidade está localizada a cerca de 200 km de Roma, próxima à costa leste do país.
Uma das vítimas está em estado grave e corria risco de morte na tarde de sábado.
O site do jornal italiano "Corriere della Sera" informou que um homem disparou de dentro de um carro em movimento contra dois jovens imigrantes africanos, ferindo um deles. Pouco tempo depois, outro imigrante e uma mulher africana foram baleados na mesma cidade.
XENOFOBIA
No momento em que foi preso, Luca Traini portava uma pistola e estava envolto em um bandeira da Itália. Segundo relatos publicados na mídia local, ao ser capturado ele teria gritado "viva a Itália" e teria feito uma saudação fascista.
Os tiroteios ocorreram poucos dias depois de o corpo de uma mulher italiana de 18 anos, Pamela Mastropietro, natural de Roma, ter sido encontrado esquartejado e escondido em duas malas na mesma cidade de Macerata.
No caso, um imigrante nigeriano foi preso sob suspeita de conexão com o crime.
O caso tem sido amplamente utilizado pela extrema direita, que defende fortes restrições à imigração e que pretende fazer uso da tensão causada pela crise dos refugiados na Itália nas próximas eleições, em abril. O país é a principal entrada de imigrantes que deixam a África rumo à Europa pelo mar.
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