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Justiça ordena apreensão na USP de documentos de consultoria

PAULO SALDAÑA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma decisão judicial autorizou uma operação de busca e apreensão na USP (Universidade de São Paulo) de documentos de consultoria privada prestada à instituição. Batizado de USP do Futuro, o projeto foi realizado

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.02.2018, 22:10:00 Editado em 01.02.2018, 22:10:09
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PAULO SALDAÑA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma decisão judicial autorizou uma operação de busca e apreensão na USP (Universidade de São Paulo) de documentos de consultoria privada prestada à instituição. Batizado de USP do Futuro, o projeto foi realizado pela McKinsey & Company entre 2016 e 2017.

O judiciário já havia decidido, a pedido da Adusp (Associação dos Docentes da USP), que a reitoria fornecesse todos os documentos desse projeto, encomendado para repensar um modelo de gestão e governança da universidade. Entretanto, o departamento jurídico da entidade sindical constatou que a documentação estaria incompleta.

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Segundo a Adusp, a contratação da consultoria não foi feita de forma transparente. Foi a própria associação que revelou a existência desse projeto, em setembro de 2016 —que só viria a ser confirmado pela reitoria posteriormente.

O ex-reitor Marco Antonio Zago só apresentou o projeto ao Conselho Universitário, instância máxima da instituição, no dia 4 de outubro daquele mês. Zago foi substituído neste mês por Vahan Agopyan, que era seu vice-reitor.

Em decisão proferida na última segunda-feira (29), o juiz Luis Manoel Fonseca Pires, da 3ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça (TJ-SP), atendeu novo pedido da Adusp e determinou o mandado de busca e apreensão. Segundo a associação, a USP não forneceu, por exemplo, atas das reuniões das coordenações nomeadas para conduzir o projeto e autorizações necessárias para dar início às sucessivas fases.

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A USP afirmou em nota que "apresentou a integralidade dos autos que tratam do projeto", não havendo nenhum documento oficial de posse da universidade que tenha sido omitido. A Procuradoria-Geral da universidade já protocolou recurso para pedir suspensão do mandado de busca e apreensão.

Em texto no site da Adusp, o presidente da entidade, Rodrigo Ricupero, afirma que, caso a USP não tenha outros documentos, "ficará evidente que houve irresponsabilidade e incúria". A decisão da Justiça teve base na Lei de Acesso à Informação.

Coube à McKinsey & Company criar um "modelo de excelência de captação de recursos e gestão de aprimoramento da administração financeira", de acordo com o contrato firmado. A USP passa por uma crise financeira desde 2014. Os gastos com folha de pagamento têm comprometido praticamente todo o orçamento da universidade.

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A consultoria foi realizada pelo valor de R$ 5 milhões, mas o dinheiro não saiu dos cofres da USP. O pagamento foi viabilizado por um grupo de ex-alunos por meio de uma organização social chamada Comunitas. Os nomes dos doadores nunca foram revelados.

A consultoria foi finalizada no fim de 2017, segundo a universidade. Três projetos que estão sendo desenvolvidos teriam sido resultado da conclusão do USP do Futuro, segundo a reitoria: a criação do Inova USP, laboratório interdisciplinar voltado a projetos de convergência de tecnologia, multimídia, ciências, artes e design; a criação de um fundo patrimonial e a criação do Programa de Mobilidade e Integração Urbana.

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