SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O acadêmico suíço Tariq Ramadan foi detido em Paris, na França, na quarta-feira (31), e mantido em detenção nesta quinta (1º), após ter sido acusado de estupro por duas mulheres.
O período inicial de detenção para averiguação, de acordo com a lei francesa, seria de 24 horas. Porém, na quinta, as autoridades decidiram estender o período por mais 24 horas.
Ramadan, 55, havia sido afastado das atividades como professor de assuntos islâmicos da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em novembro do ano passado, depois que as acusações vieram à tona.
Famoso no meio universitário, Ramadan é neto de Hasan al Banna (1906-1949), fundador da Irmandade Muçulmana, grupo político egípcio de influência transnacional no Oriente Médio.
O acadêmico nega as acusações, que atribui a uma campanha de "difamação por inimigos".
Ele está processando por calúnia uma das acusadoras, a escritora feminista francesa Henda Ayari, que diz ter sido estuprada por Ramadan em um hotel de Paris em 2012.
Em sua defesa, Ramadan afirma que Ayari o procurou insistentemente, com mensagens de conteúdo explícito, dois anos depois do suposto estupro. O filósofo não teria se encontrado com ela.
Uma mulher não identificada disse ter sido estuprada por Ramadan em 2009, em um hotel na cidade de Lyon (leste da França).
De acordo com a BBC, quatro mulheres suíças também o acusaram de assédio sexual quando eram estudantes em Genebra.
As acusações surgiram na esteira das denúncias contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein e do movimento Me Too, nos EUA.
Deixe seu comentário sobre: "Após acusações de estupro, filósofo é detido"